O Nubank (Android, iOS) está promovendo uma campanha sobre o seu Pack de Proteção, um conjunto de medidas de segurança que oferece proteção ao aplicativo. O anúncio, feito nesta terça-feira, 11, vem após repercussão de notificação do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) enviada ao banco para que dê esclarecimentos sobre o golpe do acesso remoto, pelo qual criminosos invadem a conta de pessoas à distância sem que percebam, por meio de ataque hacker ao dispositivo.

O banco não anunciou nenhuma medida especificamente em relação ao caso, apenas reforçou a comunicação sobre mecanismos que já são usados de forma automática em todas as contas, sem necessidade de ativação, com exceção do “Modo Rua”. O Pack de Proteção reúne recursos capazes de identificar transações indevidas e possíveis golpes, durante o uso do app do Nubank, protegendo o cliente por meio de um sistema de inteligência artificial (IA), que funciona durante toda a jornada do usuário.

As ferramentas formam um ecossistema de defesa, que protege as contas e as transações, utilizando bancos de dados do sistema financeiro, IA e análises de comportamento. Os principais mecanismos do pacote são:

  • Modo Rua: permite que os clientes determinem um valor máximo para transações de Pix, TED e pagamento de boletos quando estiverem fora de casa, isto é, fora das redes de Wi-Fi classificadas como seguras no app;
  • Alerta de Golpe: a função do Pack de Proteção avisa o cliente quando está prestes a fazer uma transferência para uma conta suspeita. O alerta se baseia em dados do Banco Central e informações internas do Nubank, caso uma conta já tenha sido reportada antes;
  • Defesas Inteligentes: o sistema de proteção, feito a partir de modelos de IA, extrai dados padrões que indicam comportamentos atípicos. Ele entende como cada cliente se comporta, reconhecendo hábitos e padrões. Quando um padrão é quebrado, o sistema bloqueia uma transação suspeita.

Algumas queixas de cliente do banco que sofreram o golpe do acesso remoto dizem respeito a falhas de alguns desses recursos de segurança promovidos pelo banco. Em um dos relatos coletados pelo Idec, uma vítima diz que criminosos retiraram R$ 150 mil reais da conta do pai dela por meio de quatro transações Pix, em quatro minutos, sendo que essa mesma conta nunca havia movimentado quantidades superiores a R$ 250.