O Fabric, hub do Twitter para desenvolvedores de aplicativos, está sendo preparado para se tornar um marketplace com diversos kits de desenvolvedores (SDKs). Em conversa com jornalistas na última terça-feira, 10, os executivos da rede social explicaram que o espaço terá não apenas SDKs da rede social, mas de seus parceiros também. 

“Não espere por dezenas de kits. Nós vamos selecionar aqueles que colocaremos no mercado”, disse Ali Parr, diretor de relacionamento com desenvolvedores do Twitter no mundo. Parr disse que os SDKs que devem entrar no Fabric serão escolhidos a dedo para resolver os problemas dos parceiros e dos desenvolvedores – dos pequenos aos grandes – por isso não haverá uma ampla gama.

Comemorando o segundo ano do Fabric no Brasil, Parr explica que veio participar da celebração ao lado de desenvolvedores de apps como Easy Táxi, Record/R7, Tapp Games e Gazeus Games, Movile e outros, mas também veio para evangelizar o uso de seu plataforma de desenvolvimento.

“Eu gosto de pensar que nós estamos ‘na crista da onda’. Nós nascemos como uma empresa móvel, com envio de tuites por SMS. Hoje, temos o Fabric e muitas das ferramentas que apresentamos permitem que os desenvolvedores usem seu tempo criando seus apps”, completou Parr.

Marketplace regional

Daniel Carvalho, diretor de desenvolvimento de negócios do Twitter na América Latina, ressaltou que o primeiro ano do Fabric consistiu em realizar uma varredura do mercado latino-americano. Agora, o intuito é crescer na América Latina com projetos mais arrojados, como a recente parceria da empresa com a Elemídia, que levará os tuites para 11 mil telas em todo Brasil, alcançando 20 milhões de pessoas por semana.

Na região, os SDKs do Twiiter possuem 65% de penetração nos principais apps. No Brasil, os kits passaram dos 70% de penetração nos grandes apps. Carvalho explica ainda que alguns SDKs serão cobrados, outros, como o do Twitter, não. E em um segundo momento poderá haver soluções regionais, como carrier billing.

Vale frisar que, no mundo, o Fabric está presente em mais de 1,6 milhão de dispositivos (iOS e Android), foi usado por mais 100 mil desenvolvedores e sua principal ferramenta, Crashlytics, analisa uma média de 18 bilhões de crashes (falhas) em apps por mês.