| Publicada no Teletime | Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido assinaram um acordo para fomentar a pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias, incluindo o futuro 6G. A parceria, que atualiza o tratado entre os dois países (Carta do Atlântico), foi anunciada na quinta-feira, 10, durante encontro entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, durante encontro da cúpula do G7 em Cornwall, Inglaterra.

Este é um primeiro passo para uma parceria bilateral em tecnologia que deverá ser feita entre este ano e 2022. O comunicado da Casa Branca não cita o 6G, mas fala em regras, padrões e desenvolvimento para a economia digital, tecnologia e compartilhamento de dados.

Já o Reino Unido detalha um pouco mais as intenções da atualização da Carta do Atlântico, dizendo que os países trabalharão para um novo anúncio de intenção “para ajudar o potencial completo das tecnologias quânticas, que utilizam propriedades da física quântica para melhorar dramaticamente a funcionalidade e desempenho dos dispositivos; desenvolver propostas para tecnologias futuras como o 6G; e fortalecer a colaboração em padrões técnicos digitais”.

Cooperação em áreas como resiliência e segurança de cadeias de fornecimento críticas, tecnologias de baterias e tecnologias emergentes, como inteligência artificial, são alguns dos outros temas abraçados pelo acordo para “melhorar a acessibilidade e o fluxo de dados para suportar o crescimento da economia, segurança pública e progresso científico e tecnológico”.

Guerra das redes

O objetivo é claro: duas das maiores economias do mundo querem recuperar terreno ocupado pela China nos últimos anos, no que os próprios norte-americanos estão chamando de “guerra das redes”.

Nenhuma das declarações do governo britânico e dos EUA citam o país asiático, mas o tom é óbvio: “Ambas as nações determinaram a ambição de continuar a liderar o mundo em pesquisa e desenvolvimento, investindo na experiência e capacidade para criar riqueza e endereçar a desigualdade, garantindo que os valores das democracias liberais, as sociedades abertas e os mercados abertos estão embutidos na criação e uso da tecnologia globalmente”.

Foi a primeira “grande viagem internacional” de Joe Biden após assumir a cadeira na Casa Branca. O G7 é formado por líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão, além do Reino Unido e dos Estados Unidos.