A Linx firmou um acordo para ser comprada e incorporada à Stone na noite desta terça-feira, 11. Na operação, que pode chegar a US$ 5,5 bilhões (dentro do limite do caixa), a adquirente busca se tornar uma fintech completa para atuar em múltiplas frentes de negócios (loja de rua, e-commerce, mobile commerce, marketplaces e redes sociais).

Para isso, a Stone pretende criar uma divisão de negócios baseados em software. Essa empresa – sem nome definido – ficará no guarda-chuva da Stone, mas sob a gestão da Linx. Além disso, um conselho será criado para guiar esse braço de software da adquirente. Esse comitê será dirigido por Alberto Menache, CEO da Linx, e incluirá líderes da Stone.

De acordo com a adquirente, a sinergia com a compra da empresa de software mira os 70 mil clientes da Linx, que precisam de soluções de pagamento da Stone; ampliar a oferta de softwares financeiros para PMEs; e dar aos comerciantes ferramentas para adaptarem suas atividades rumo ao omnichannel, com soluções capazes de integrar o comércio físico com o digital.

Em sua história de 8 anos, a Stone comprou ou investiu em 11 empresas de software, de verticais como alimentação, delivery, salões de beleza, varejo, CRM e mídias digitais. Como resultado, a companhia credita a essa estratégia a entrada de 305 mil clientes de softwares em julho deste ano, um aumento de 100% ante o mesmo período em 2019.

Atualmente, a Linx tem como principais produtos: o integrador de negócios (POS com ERP) Linx Core; a plataforma de e-commerce Linx Digital; e a solução de processamento de pagamento Linx Pay Hub. Sua operação fornece aos 70 mil clientes do varejo soluções de SaaS em 100 mil pontos de venda em todo País, com um volume de transação de R$ 300 bilhões.

Agora, a operação caminha para o trâmite de aprovação. A brasileira CADE, a norte-americana SEC, os acionistas da Linx e os seus pares da Stone devem dar o aval para a compra. O tempo estimado para a confirmação não foi confirmada.

Oferta de ações

Além da operação com a Linx, a Stone anunciou uma oferta pública de ações avaliada em US$ 1 bilhão. Desse montante, US$ 150 milhões estão destinados a clientes preferenciais. Vale lembrar que o magnata Warren Buffett é um dos principais investidores da Stone. Com o montante, a companhia pretende financiar parte da eventual compra da Linx, além de pagar taxas, despesas e custos gerais.