[Atualizada em 12/09/2019] A startup de foodtech Liv Up (Android, iOS) nasceu a partir do conceito de comida ultracongelada, entregue ao consumidor em algumas horas ou em um dia, em sacos biodegradáveis de embalagem a vácuo. Criada em São Paulo, mudou o prumo e passou a se autodenominar empresa de alimentação saudável e, assim, pode expandir também para a entrega de pratos e snacks quentes. Para isso, começa a conversar com aplicativos de entregas, como iFood (Android, iOS) e Rappi (Android, iOS), entre outros players do mercado para serem os responsáveis pelo delivery dessas refeições.

“Ainda estamos em fase de conversa”, afirmou o CEO e cofundador da Liv Up, Victor Santos. “Nossa ideia é pensar em como vamos facilitar a vida do nosso cliente”, completou.

A informação foi passada durante o SAP NOW, antigo SAP Fórum, realizado pela empresa de aplicações de softwares empresariais nesta quarta-feira, 11, em São Paulo, e atualizada em entrevista exclusiva com o CEO da marca.

O controller da Liv Up, Sergio Florêncio, explicou que a ideia é atrair o consumidor que procura alimentação saudável, mas que quer receber a refeição na hora. “A proposta é chegar nas pessoas que não conseguimos alcançar hoje. Estar num app de grande escala consegue fazer com que a gente atinja um público maior”, disse a Mobile Time. E completou: “Esses apps também vão nos ajudar a ficarmos mais próximos do nosso cliente que, se desejar comer um Liv Up, pega seu celular, pede pelo iFood ou Rappi e eles entregam em minutos”

Para isso, a foodtech terá cozinhas em seus centros de distribuição nas cidades onde atua para poder esquentar a comida.

Números

A Liv Up teve um faturamento de R$ 4,7 milhões em agosto e crescimento de 20% mês a mês. A expectativa é que a startup feche setembro com faturamento de R$ 5 milhões e, até o final do ano, chegue a R$ 5,5 milhões ou R$ 6 milhões.

Ao todo são 27 mil vendas por mês, com 6 a 7 mil usuários fiéis.

Conforme anunciado por Mobile Time, em julho deste ano, a Liv Up adotou a estratégia de ser mobile first e, com isso, desenvolveu um PWA  e um aplicativo que, somados, respondem por 75% dos acessos e por mais da metade do faturamento da startup.

“Temos uma equipe focada em aprimorar o app. Mês passado, por exemplo, lançamos uma nova configuração do cardápio, onde é possível rolar o menu para os lados e para cima, e suas divisões ficaram mais claras”, disse o controller.

A Liv Up tem 14 filiais espalhadas pelo País. Mas todos os alimentos são produzidos na matriz, em São Paulo. Do galpão onde as refeições são elaboradas, elas partem para parceiros que fazem a entrega, em caminhões refrigerados, nas cidades onde a foodtech atua. Todos os dias, saem cerca de 10 caminhões de São Paulo. Vale dizer que, com o tipo de armazenamento – ultracongeladas em saco a vácuo – as refeições têm validade de seis meses.

As 30 toneladas de ingredientes selecionados pela Liv Up são produzidas por mais de 20 pequenos produtores de agricultura familiar pertencentes ao cinturão agrícola de São Paulo, como Jundiaí, Sorocaba, entre outras cidades.

Expansão

Florêncio também anunciou a aquisição de um galpão de 15 mil metros quadrados em São Paulo, para a produção das refeições, e a expansão da Liv Up para Salvador, Recife e Fortaleza, que deve acontecer em aproximadamente dois meses. A partir delas, a ideia é alcançar cidades satélites próximas a esses municípios.