As novas plataformas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) devem mudar a forma de muitas empresas pensarem. É o que afirmou o conselheiro e diretor de estratégia da Telefónica, Santiago Valbuena, durante passagem no evento Telefónica Open Future, que aconteceu em São Paulo, nesta quarta-feira, 11.

“As mudanças que estão acontecendo no mundo das TICS estão apenas começando”, disse Valbuena. Ele deu como exemplo as mudanças no setor de redes, que passou da telefonia fixa, para 2G, 3G, 4G e agora começa a testar o 5G. “A tecnologia não para. Ela está em queda livre”, completou.

Valbuena demonstrou a mudança pelo qual o setor de telecomunicações passa, ao sair dos US$ 1,6 bilhão de receita com equipamentos de rede, TI e produção de conteúdo, para o dobro focado em experiência do usuário (conectividade, dispositivos móveis e aplicação e criação de conteúdo).

“A gente está falando de um setor que não é pequeno. É maior que o PIB do Brasil, US$ 4 trilhões”, explicou o diretor ao apresentar dados compilados de IDC, Strategy Analytics, Gartner e PWC. “O crescimento do mercado de TICs entre 2013 e 2017 serão referentes a três vezes um PIB do Brasil”.

Conectividade é a base da Telefónica

Dentro deste novo cenário de TICs, Valbuena aponta que a conectividade deve guiar a Telefónica para os próximos anos. Ele ressalta que o serviço “não é de graça”, mas que o preço do gigabyte por segundo (Gbps) vem caindo e que isto barateará o acesso.

“Temos dois tipos de jogadores no mercado de TICs. Os fortes, como a Telefónica e sua conectividade. E os jovens, que precisam inovar”, explicou o diretor. “A conectividade continuará sendo a base de tudo para empresas como a Telefónica. Sem ela, AirBnB e Uber (jovens) não funcionam".