Com receitas globais de U$ 1,5 bilhão, a empresa multinacional de comunicação Polycom vem aumentando sua presença no Brasil, havendo triplicado sua receita no país entre 2009 e 2011. Para se consolidar no mercado de comunicações unificadas do país, a empresa vem adequando seu leque de soluções à tendência da mobilidade.

A Polycom disponibiliza a seus clientes corporativos uma carteira de soluções de telepresença e de vídeo, provendo possibilidades de comunicação visual de alta definição tanto entre a empresa e seus clientes quanto entre departamentos de uma mesma empresa, de modo a aumentar o conhecimento de grupos internos e acelerar a tomada de decisões entre departamentos dispersos. A empresa é ainda fornecedora de telefones IP, suportando um amplo leque de plataformas de controle de chamadas.

No portfólio do braço brasileiro da empresa constam desde grandes clientes públicos (Petrobras, Governo Federal) e privados (Amil, Unimed, Itaú) até indústrias de médio e pequeno porte, como a alimentícia Mabel.

Segundo o diretor Paulo Roberto Ferreira, de 2009 a 2011, a Polycom triplicou sua receita no país, sendo o Brasil um dos destaques na estratégia mundial da empresa. Em 2010, 11% desse total foi investido em P&D, montante que aumentou para 13% em 2011.

Atualmente, todos os serviços de comunicação fornecidos pela Polycom são providos também por meio de dispositivos móveis. A empresa tem ainda, como uma de suas características, prover ao mercado soluções abertas, passíveis de serem integradas com os principais players existentes ou mesmo com estruturas próprias já utilizadas pelos clientes.

“A comunicação é entendida hoje na Polycom sob um paradigma de mobilidade. De qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer device. Mobilidade é uma das tendências do mercado. Hoje o usuário corporativo está circulando o tempo todo e se comunicando com a sua matriz”, diz Ferreira. Contudo, segundo o diretor, ainda não há na empresa um modelo de negócios próprio para as ferramentas mobile. Estas são vistas como parte do modelo de comunicação mais amplo provido pela Polycom. “O mobile é uma expansão natural do que o cliente já adotou como solução de comunicação. Seja na circulação dentro da própria empresa, seja em apresentações para clientes. É um complemento para um serviço que a Polycom já oferecia, embora vejamos taxas crescentes de adesão a essas tecnologias”, disse.

Dentro da empresa a mobilidade também tem um papel importante. Todos os gerentes da Polycom se intercomunicam por meio de dispositivos móveis, utilizados também para fazer apresentações a clientes. Sintonizada com a tendência do "Bring Your Own Device" (BYOD), a Polycom evita padronizar o modelo de smartphone usado por seus funcionários, que se servem de dispositivos de marcas diversas, como Apple, RIM e Samsung.

A empresa pauta suas ações futuras segundo a movimentação do mercado, acompanhando os novos lançamentos para disponibilizar soluções móveis para os seus devices. “Sempre que alguém lança um dispositivo novo, nós buscamos desenvolver o mais rápido possível um software para esse device”, diz.

Entre os setores em que aposta para 2012, ele cita o de audiovisual. “A maioria dos clientes já tinha adotado nossa solução de vídeo, mas estático, em apresentações dentro das empresas. Em 2012, notamos uma alta na demanda de clientes que começam a pensar isso em termos de mobilidade. Isso representa um crescimento exponencial do nosso mercado”, afirmou.