O presidente da Mastercard no Brasil, João Pedro Paro Neto, e o diretor geral da Visa no Brasil, Fernando Teles, trataram do desenvolvimento dos meios de pagamentos eletrônicos no Brasil nesta quarta-feira, 12, durante o Ciab Febraban 2019, em São Paulo. Entre os temas debatidos estavam a relação com clientes, meios de pagamentos eletrônicos no Brasil, uso do contacless, entre outros.

Mas o tema o central da discussão foi a relação com o consumidor, como afirmou Paro Neto: “Nós temos a responsabilidade de colocar aquilo que for melhor para o nosso consumidor. Trazer diferentes formas de pagamentos, melhores, é o desafio. E temos sido eficientes em trazer isso para o mercado”.

O executivo da Mastercard ressaltou que o atual momento do mercado, de crescimento e de surgimento de aplicações de nichos na indústria financeira, acontece em razão da fragmentação: “Se você olhar os diferentes operadores do mercado, isso nos colocou onde estamos. Essa fragmentação é normal e não vai mudar. As indústrias tendem a ter diferentes provedores, outras ideias, outras formas e outras maneiras. O mercado pede isso”.

Neste ponto, Teles discordou do colega. Para ele, a disrupção no setor financeiro é forte e pode fazer com que alguns players desapareçam do setor, se não estiverem preparados para a mudança: “Acho que tem, sim, uma ameaça para grandes empresas. Quem não mudar virará dinossauro e o meteoro está vindo”.

“Você tem que se adaptar. Se a gente não se modificar, vamos desaparecer sim. Parece pura semântica o user-centric (usuário no centro das aplicações), mas não é. Você cada vez mais possibilita a outros desenvolverem produtos que o consumidor não era atendido. E acho que todo mundo está se adaptando, mas essa evolução é positiva”, completou o executivo da Visa.

Para uma audiência repleta de executivos de bancos, Teles defendeu a aceitação do débito no e-commerce, algo que vê com atraso no Brasil – se comparado com EUA e Europa – e que pode chegar a diferentes usuários que não são alcançados pelo cartão de crédito. Outro ponto defendido pelo diretor da bandeira foi o desenvolvimento do pagamento com cartão sem contato no transporte urbano, uma solução que cria o hábito da utilização do contacless no cotidiano do usuário.