A Jungheinrich, uma empresa alemã que atua com gestão e equipamentos para armazéns, aguarda por empresas brasileiras que queiram migrar seus armazéns de modelos analógicos para automatizados, como aqueles galpões que a Amazon tem nos Estados Unidos e Europa, por exemplo.

“Nós temos todo o know-how para instalarmos armazéns inteligentes no Brasil, mas ainda não não temos uma empresa-modelo no País. Acreditamos que exista mercado para isso, mas ainda é bem volátil”, disse Vigold Georg, vice-presidente da Jungheinrich na América Latina. “Hoje temos vários clientes com telemetria e máquinas semi-automatizadas que conversam com o nosso middleware (WMS), mas não temos nenhum cliente completamente automatizado no Brasil. Temos muitos na Europa.” Ele ressalta que a telemetria da empresa ainda não tem inteligência artificial, mas está em estudo.

No Brasil desde 1957, a companhia trabalha principalmente com aluguel e venda de máquinas para armazéns. Ela tem 7,8 mil máquinas no País, o que representa algo próximo de 70% deste mercado. Mundialmente, a companhia obteve uma receita de 3,8 bilhões de euros com vendas no ano passado, sendo que quase 50% da receita é da Europa Ocidental, excluindo a Alemanha, que representa 24% dos negócios. A América Latina é agrupada com outras regiões do mundo (África, Oceania e Ásia) que representam 13% da receita de vendas.

Bateria de lítio

Georg conversou com o Mobile Time durante o lançamento da selecionadora vertical EKS 412S, um produto da Jungheinrich que leva bateria de lítio em grande dimensão, no lugar de bateria ácida. Isso permite recarga rápida (completada em 80 minutos), fim dos gases e vapores perigosos e não há necessidade de reposição de água. Questionado se pretende levar essa bateria a outros segmentos, como o de robótica, Georg disse que sim, mas a prioridade inicial são os produtos de sua empresa, como a selecionadora vertical e empilhadeiras.