Petrobras

Maximilliam Vieira, consultor sênior do departamento de tecnologia da informação e telecomunicações da Petrobras (crédito: Marcelo Kahn/Mobile Time)

A Petrobras está construindo um backhaul de fibra ótica submarina para atender as operações no Pré-Sal da Bacia de Santos/SP até dezembro de 2023. A informação foi confirmada por Maximilliam Vieira, consultor sênior do departamento de tecnologia da informação e telecomunicações da estatal, durante o MPN Forum, evento organizado por Mobile Time nesta terça-feira, 12.

Com a malha ótica, a companhia consegue prover backhaul para sua rede móvel privativa em 4G em suas plataformas off-shore e, eventualmente, evoluir para 5G. Atualmente, a companhia já possui outra estrutura de fibra ótica na Bacia de Campos/RJ. Além disso, a empresa usa satélite em alguns casos como backhaul e tem contrato com a Vivo para a operação de sua rede privativa.

“Essa rede vai injetar 15 terabytes por segundo (Tbps) de capacidade para as nossas plataformas”, explicou. “Temos volumes absurdos de dados sísmicos gerados nessas plataformas. Uma plataforma gera 6 TB de dados por dia só com aplicação sísmica e todos esses dados precisam vir para o datacenter da Petrobras e serem processados. Isso que ajudará a gente a ganhar eficiência operacional”, completou.

A estatal usa a conectividade para conectar aplicações em operações onshore (refino, térmicas, centros de pesquisas, portos) e offshore (cobertura de planta, embarcações). Um exemplo é a plataforma P77 que usa rede de 700 MHz para fazer a comunicação entre o operador em terra com o trabalhador na plataforma.

“Esse caso mostra o valor de uma cobertura (de rede) em uma plataforma. A pessoa na torre de controle pode se comunicar com o trabalhador em uma área fechada com segurança. Esse é um dos motivos para adotarmos o conceito de operação remota. Nós podemos reduzir a quantidade de ‘hora-homem’ exposto ao risco no offshore, um ambiente complexo e desafiador”, disse.