Disney+

A Disney registrou no segundo trimestre de 2021 um aumento de 57% no lucro líquido da divisão direct-to-consumer, passando de US$ 2,7 bilhões no mesmo período do ano passado para US$ 4,2 bilhões. O setor engloba os serviços de streaming da companhia. No operacional, os serviços de VoD registraram uma redução no prejuízo operacional, de US$ 624 milhões para US$ 293 milhões.

O conglomerado de mídia atribui os resultados financeiros à melhoria nas receitas com assinantes e publicidade no Hulu e a oferta de conteúdo premium do filme ‘Cruella’ (que custava R$ 70 no Brasil) no Disney+.

Por sua vez, o prejuízo operacional foi puxado por gastos com o Disney+, entre eles: programação; produção; marketing; tecnologia; e expansão do serviço para mercados adicionais (outros países).

Por serviço

Ainda assim, o resultado revela que dobrou (103%) a base de assinantes pagos ante o segundo trimestre de 2020, de 57,5 milhões para 116 milhões um ano depois. Em receita média por usuário, o Disney+ registrou queda de 10%, de US$ 4,62 para US$ 4,16.

Por sua vez, o Hulu cresceu de 35,5 milhões para 43 milhões, incremento de 21% considerando os assinantes do VoD e VoD com TV ao vivo. Por sua vez, o serviço ESPN + subiu de 8,5 milhões de consumidores para 15 milhões, alta de 75%.

Os outros serviços cresceram seus respectivos ARPUs no período: o Hulu com TV e streaming subiu 23%, de US$ 68 para US$ 84; Hulu só VoD aumentou o ARPU em 15%, de US$ 11,4 para 13,1 ;  e o ESPN+ registrou alta de 7%, de US$ 4,18 para US$ 4,47.

Vale lembrar, Hulu e ESPN+ não são comercializados no Brasil.

Saúde financeira

No resultado geral da companhia, as perdas operacionais com direct-to-consumer foram compensadas com a volta das atividades dos parques de diversões. Dito isso, a Disney fechou o segundo trimestre de 2021 com US$ 17 bilhões de receita, alta de US$ 11 bilhões contra o mesmo período no ano anterior. Lucro operacional mais que dobrou, de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,4 bilhões. E o lucro líquido no período foi de US$ 923 milhões contra um prejuízo de US$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2020.