Startups são compostas majoritariamente por homens brancos e heterossexuais

De acordo com o Mapeamento de Comunidades 2020, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), as startups são basicamente compostas em sua equipe por homens brancos e heterossexuais. 59,2% dos fundadores das startups são homens, enquanto 12,6% são mulheres. Os quadros em que há mais de um fundador e a maioria são homens somam 18,5%; e 2,4% são os quadros com maioria feminina. Já as empresas com a mesma quantidade de fundadores dos gêneros masculino e feminino são 7,1%. Aqueles que se declararam não binário são 0,1% e homens transgêneros, 0,1%.

Na divisão de raça, 64,8% dos founders se autodeclaram brancos; 22,7%, pardos; 5,8%, negros; 2,2% se autodeclaram amarelos e apenas 0,5%, indígenas. A pesquisa foi realizada entre maio e setembro de 2020 com dados do Startupbase, com mais de 5 mil startups associadas e participantes de 3 mil startups espalhadas pelo Brasil. O objetivo do estudo é aprofundar o conhecimento sobre empreendedorismo e inovação nas regiões do País.

O estudo também fez um cruzamento entre raça e gênero que aponta que as pessoas pardas e amarelas, 84,5% são homens e 15,5%, mulheres. O público masculino também é maioria entre aqueles que se denominam negros (80,7%) e 100% dos autodeclarados indígenas.

Sobre a participação feminina nas equipes das startups, 26,9% das empresas não possuem mulheres em suas equipes contra 18,6% que possuem de 25% a 49% de mulheres em seus times; 17,4% têm de 6% a 25%; e 15,1% têm metade do time composto por mulheres.

Com relação aos negros, 52,8% das startups não possuem negros; 19,3% das startups têm entre 6% e 25% de pessoas que se autointitulam negras; 11% têm menos de 5%; e 9,6% têm entre 25% e 49% dos colaboradores desta etnia.

As pessoas com deficiência também são pouco representadas dentro das startups. No caso, 94,5% não possuem nenhuma pessoa com deficiência no time.

Com relação a orientação sexual, 92,3% se declaram heterossexuais, 3,9% homossexuais e 1,5% são bissexuais. E, no caso de transexuais, este público está ausente em 96,7% das startups.