Houve mais de 2 milhões de tentativas de instalações de pacotes maliciosos em dispositivos móveis protegidos pela Kaspersky no mundo durante o primeiro trimestre de 2016, um aumento de 11 vezes em relação ao trimestre anterior e suas 182 mil ocorrências. A análise, feita através dos serviços de proteção dos seus usuários em 213 países e territórios, mostra um crescimento forte de malware mobile do segmento de publicidade. Os adwares representavam 29,6% do total no quarto trimestre de 2015 e passaram para 42,7% três meses depois, um aumento de 13 pontos percentuais.

O segundo tipo de ameaça mais comum é o cavalo de troia por SMS (SMS Trojan), com um crescimento 0,7 ponto percentual, ao mudar de 19,8% para 20,5%. Por outro lado, a detecção de cavalo de troia espião (Spy Trojan) teve um recuo de 8,2 pontos percentuais quando comparado com o trimestre anterior, saindo dos 18,3% para 10,1%.

O malware para dispositivos móveis ‘DangerousObject.Multi.Generic’ foi a aplicação que mais atacou os usuários da Kaspersky: 73,2% daqueles que sofreram alguma investida de malwares foram atacados por esse programa específico. Ele é usado para detectar tecnologias na nuvem. O Kaspersky Lab indica dois entrantes que chamam a atenção: “Backdoor.AndroidOS.Triada”, com 11,3% dos ataques, esse malware foca em redirecionar transação via SMS quando o usuário compra conteúdo online de aplicativos legítimos; e o “Trojan-Ransom.AndroidOS.Fusob.pac”, com 6,2%,que pede US$ 200 em troca do desbloqueio do celular.

Nas duas categorias de cavalo de troia – sequestro de celular e bancário – nota-se um crescimento na variedade de novas ameaças. A quantidade de novos malwares de sequestro (Trojan-Ransom) subiu 1,4 vez em relação ao trimestre anterior, passando de 2 mil para 2,9 mil ameaças. Os novos pacotes maliciosos com foco nos bancos e seus clientes (Banking Trojans) cresceu 1,7 vez no mesmo periodo, de 2,3 mil para 4,1 mil descobertas.

Por país, a China foi aquele com mais ameaças registradas (38,2%) aos seus usuários. Seguido por Bangladesh (27,6%), Uzbequistão (21,3%), Argélia (17,6%) e Nigéria (17,4%). Entre os mais protegidos figuram Taiwan (2,9%), Austrália (2,7%) e Japão (1%).  Países e regiões com menos de 10 mil usuários são excluídos da análise.