A Mambu, empresa alemã que fornece uma solução ‘no code’ de core bancário, aportou recentemente no Brasil de olho no crescimento da demanda com o open banking. A companhia multiplicou por 10 seu pipeline de contratos em negociação no País este ano e já fechou acordos com dois bancos médios e um de grande porte por aqui. Além disso, pretende mais que dobrar o tamanho da sua equipe em 2022, passando de 20 para 50 colaboradores, informa Sergio Costantini, diretor geral da Mambu no Brasil, em conversa com Mobile Time.

Utilizada por mais de 300 instituições financeiras de 65 países e com 60 milhões de clientes ativos, a solução da Mambu é uma plataforma que permite o lançamento de 7,5 mil diferentes produtos financeiros, totalmente parametrizáveis e configuráveis de acordo com a regulação e a realidade dos diferentes mercados onde atua. Sua proposta é garantir flexibilidade e agilidade para o lançamento de novos produtos, que podem ser criados por profissionais de negócios, não exigindo pessoas de tecnologia da informação. Sua principal característica, segundo Costantini, é a flexibilidade e o fato de ser atualizada recorrentemente, o que garante uma evolução ininterrupta.

A Mambu é utilizada tanto por neobancos e fintechs, quanto por grandes bancos tradicionais que precisam acelerar seu time to market, sem depender de sistemas legados, explica o executivo.

“Não queremos ter reféns, mas clientes. Nós ensinamos o cliente a parametrizar a plataforma. A equipe dele é treinada, e não precisa ser uma pessoa de TI, mas de produto, podendo criar um novo serviço num sandbox em horas. A relação não é de dependência”, afirma.

O modelo de negócios da Mambu é de cobrança de software como serviço (SaaS). O preço é por cliente ativo, independentemente da quantidade de produtos utilizados. O valor cai de acordo com o tamanho da base. 

Internacionalização

“O fato de estarmos em vários países ao mesmo tempo e de centralizarmos o código nos torna capazes de levar inovação de um lugar para o outro. Trazemos a visão do open finance da Europa para cá e podemos levar o aprendizado do Pix para outros países. Conseguimos antecipar inovações para clientes nossos fora do Brasil. O Canadá, por exemplo, quer levar os juros compostos, o que significa uma vantagem competitiva para a gente, por estarmos no Brasil”, comenta.