A Petrobras está desenvolvendo uma plataforma de publicação de agentes baseados em inteligência artificial generativa. A informação foi compartilhada por Eduardo Andrea, head de IA e pesquisa operacional da empresa, nesta quinta-feira, 14.

Em painel no evento organizado pela Deloitte em São Paulo, o GenAI Summit, Andrea afirmou que o tema está em discussão dentro da estatal e que, apesar de olharem o assunto com ressalvas, a empresa acredita na tecnologia: “Apenas estamos separando a ‘fumaça do fogo’ que é um grande trabalho quando falamos do uso de IA nas empresas”, disse, ao explicar que o trabalho com a tecnologia é mais seletivo.

Entre os receios, Andrea apontou o tempo de lançamento muito curto das soluções para criação de agentes e a falta de maturidade desses sistemas para serem utilizados rapidamente, em especial nos ambientes de missão crítica e com riscos aos funcionários, como plataformas offshore.

“Quando vemos projetos de agentes, os padrões são de novembro de 2024 ou de até um mês atrás. Antigamente, os padrões de tecnologia demoravam quatro a cinco anos para serem usados. Agora todos querem usar e colocar em produção algo que saiu em abril. Isso gera problema, pois não está totalmente maduro”, disse.

Mas, o executivo reconhece que há potenciais usos de IA e agentes na operação. Deu como exemplo a possibilidade de monitoramento com IA de sensores em plataforma. Em média, as estações têm 40 mil sensores: “É impossível para um ser humano olhar 40 mil números ao mesmo tempo. Portanto, eu consigo gerar mecanismos de atenção quando percebo que algo vai acontecer”, explicou ao citar a possibilidade de entupir uma linha de extração.

“Esse tipo de evolução faz sentido, mas vai acontecer aos poucos. Temos que ter cuidado com essa ideia de que teremos um monte de agentes (de IA) conversando com outros agentes. Como se essa complexidade fosse trivial”, completou. “Estamos em um momento inicial neste assunto”, concluiu.

Imagem principal: Eduardo Andrea, head de IA e pesquisa operacional da Petrobrás, de camisa rosa (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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