A inteligência artificial generativa tem ajudado a Porto Seguro a fazer uma reengenharia dos seus sistemas legados. De acordo com Paulo Cesar Imelk, superintendente de tecnologia, digital e clientes da seguradora, com IA o desenvolvimento de font em Java (texto de documentação dos sistemas) teve seu tempo médio de trabalho de programadores diminuído de 60 horas para três minutos.
Durante o GenAI Summit, evento organizado pela Deloitte em São Paulo nesta quarta-feira, 14 , o executivo detalhou que esse trabalho foi feito por meio de um “encadeamento de IAs” que fazia a leitura do legado, gerava uma documentação e um “font básico” em Java. Isso em sistemas que existem há 20 ou 30 anos.
“Parece simples, como ‘coloca a IA e faz mágica’. Mas não: nós precisamos desenvolver o encadeamento de IAs, construir e testar. Para trazer uma assertividade que um analista sênior que demorava 60 horas para fazer a engenharia reversa de um font, a IA estava demorando três minutos para o mesmo font”, disse.
Imelk afirmou que, a partir do uso da IA generativa, a Porto Seguro conseguiu fazer em um mês o que não conseguiriam fazer “em um ano”, pois o volume de informações da engenharia reversa é grande. E a tecnologia possibilitou entregar o projeto de reengenharia do legado antes do prazo e dando economia de custos.
Vale dizer, a Porto Seguro completa 80 anos de atuação neste ano.
Casos de uso na Porto Seguro
A iniciativa de reengenharia do legado é um dos casos de uso da seguradora com IA generativa. Atualmente, o superintendente afirmou que está testando uma prova de conceito (PoC) de vistoria prévia de sinistro de automóveis com uso de celular e sua câmera: “Estamos rodando uma PoC no meio do país. O serviço é feito por vídeo. Captura a imagem e as informações. Em tempo real, o sistema informa se aceita ou não aquele sinistro”, detalhou o executivo.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA