Os bancos que assessoram o plano estratégico da Oi já teriam iniciado o processo de prospecção de interessados na operação móvel da companhia. O início das tratativas formais foi revelado pelo vice-presidente de operações da Telefónica, Ángel Vilá, durante evento da consultoria Morgan Stanley em Barcelona nesta quarta-feira, 13.

O executivo teria afirmado que a Oi iniciou o processo para a venda dos negócios da telefonia móvel, e reiterou estar de olho na possibilidade. “Isso pode ser uma situação interessante na qual pode haver sinergias”, teria dito Vilá na ocasião, segundo a agência de notícias Reuters.

Já de acordo com o site da Bloomberg, Vilá teria argumentado que a Oi, “por meio de seus assessores, entrou em contato com as possíveis partes interessadas”. O executivo teria confirmado ainda o interesse, lembrando que a empresa sempre apoiou oportunidades de consolidação de mercado. E elogiou o desempenho do braço móvel da Oi no passado, o que a deixa atualmente com base “substancial” e com capacidade de espectro “significativa”.

Procurada, a Oi não quis comentar o assunto.

Uma possível venda o braço móvel da Oi é fruto de rumores constantes, mas não confirmados ainda pela companhia. Durante recente declaração, o COO da companhia, Rodrigo Abreu, não descartou nenhuma opção, mas insistiu que o segmento é valioso e tem gerado valor para a empresa. Ainda assim, as concorrentes têm demonstrado interesse aberto. A Telefônica/Vivo já havia dito que estaria disposta, mas ressaltou que nenhum player sozinho poderia arcar com a aquisição. Na semana passada, o CEO da Telecom Italia, Luigi Gubitosi, reiterou essa posição, mas adicionou que poderia haver complicações regulatórias e concorrenciais. A última posição pública da América Móvil a esse respeito foi em julho, quando o CEO Daniel Hajj afirmou que a companhia mexicana não estava pensando em consolidação no Brasil.