Uma má notícia para as empresas que estão apostando na produção de conteúdo para realidade virtual. A canadense IMAX uma gigante da indústria de cinema, informou que vai fechar seus centros de experimentação de realidade virtual e suspender os investimentos na produção de conteúdo com essa tecnologia. A companhia era uma das que apostava mais fortemente nessa tendência e havia aberto sete espaços de degustação de realidade virtual ao redor do mundo. Porém, nos últimos meses fechou quatro desses centros e agora anuncia o encerramento dos últimos três, localizados em Los Angeles, Bangkok e Toronto. Além disso, anunciou a suspensão do investimento em produções de conteúdo em realidade virtual.

A decisão estratégica foi informada em documento enviado à SEC, nos EUA, e repercutida pelo site internacional Tech Crunch.

Análise

A reviravolta estratégica da IMAX deve ser analisada com cuidado. Embora negativa, não significa que seja inviável fazer dinheiro com realidade virtual. O mais provável é que a IMAX tenha exagerado em seu otimismo e errado no timing. A tecnologia ainda precisa evoluir, assim como a qualidade do conteúdo produzido em VR. O investimento precisa acompanhar o ritmo da demanda. O que aconteceu é que a IMAX, ao que parece, pôs o carro na frente dos bois – como diria essa expressão de tempos analógicos.

Há outras empresas com investimento mais comedidos e que estão conseguindo retorno com realidade virtual. Uma delas é a norte-americana NextVR, que está apostando na transmissão de eventos esportivos e concertos musicais com realidade virtual nos EUA.

A chegada das redes 5G e suas velocidades acima de 1 Gbps também vão contribuir para o surgimento de novos serviços de realidade virtual. É só uma questão de esperar o momento certo. A IMAX, pelo visto, queimou a largada.