| Publicada no Teletime | O Teletime Live desta semana conversou com o CEO da Oi, Rodrigo Abreu. Na conversa com o jornalista e editor do Teletime, Samuel Possebon, Abreu detalha os passos finais para a conclusão do processo de recuperação judicial e a criação da Nova Oi, focada na prestação de serviços. O executivo também comentou como será o processo de transição dos clientes da Oi Móvel para a Claro, TIM e Vivo e contou como a Oi pretende se posicionar como provedora de serviços banda larga, serviços corporativos, além da oferta de serviços de valor adicionado (SVAs).

“Deixamos claro que neste momento nada muda para os clientes”, diz Abreu sobre a migração dos clientes da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo. “Vamos também informar sobre a mudança formal de responsabilidade. Mas por ora, não tem mudança nenhuma para os consumidores. Isso porque a mudança agora é societária. A mudança para as outras operadoras será gradual e nós também vamos fazer uma operação do processo de transição. Ou seja, nós vamos continuar a operar o serviço durante todo o processo de migração. Ninguém fica desassistido”, informou o CEO da Oi.

Para Rodrigo Abreu, o mercado de banda larga ainda tem muito a crescer, e a empresa projeta a possibilidade de chegar a pelo menos 8 milhões de clientes. Ele não vê risco de dificuldades competitivas por não ter serviços móveis, e prevê que este não é mais um fator decisivo na escolha dos clientes, hoje mais preocupados com serviços de valor adicionado, inclusive de conteúdos. Abreu também pontua na entrevista a possibilidade de crescer a empresa por meio da aquisição de outras operadoras, dentro do processo de consolidações que deve caracterizar o mercado de banda larga nos próximos meses.

Mas a Oi ainda terá uma preocupação em relação ao seu legado como concessionária. Abreu lembra que nos últimos cinco anos as receitas das empresas com serviços tradicionais fixos caiu de R$ 10 bilhões para cerca de R$ 3 bilhões, o que mostra a inviabilidade do serviço de telefonia fixa. “A nova Oi nasce com uma reestruturação, focada 100% para o serviço ao cliente, que tem que gerir sua concessão de STFC, mas que vê no seu futuro o caminho para a fibra e todos os serviços que venham atrelados a ela”, disse Rodrigo Abreu na entrevista. “Ainda apostamos na migração para o modelo de autorizações”, diz ele, ressaltando que as condições para essa migração não podem representar a continuidade de uma situação de inviabilidade.

Abreu comenta ainda sobre como será a relação entre a nova Oi e a V.tal, a empresa de infraestrutura de rede neutra que teve o controle vendido para fundos geridos pelo Banco BTG Pactual. Ele pontua que o sucesso da V.tal é essencial para o próprio sucesso do plano de recuperação da Oi, e diz acreditar que o mercado passará por uma mudança significativa no cenário das redes neutras.

Confira abaixo a íntegra da entrevista de Rodrigo Abreu ao Teletime live.