[Matéria atualizada em 15/05/2023, às 15h51, para inserir Amasp, e às 18h20 para inserir SindMobi] Os motoristas de aplicativos – como Uber e 99 – iniciaram uma paralisação de 24 horas por volta das 4 horas da manhã desta segunda-feira, 15. A convocação para a greve foi feita pela Amasp (Associação de Motoristas de São Paulo) e pelo SindMobi (Sindicato dos Prestadores de Serviço por Aplicativo do Rio) e reivindicam que o valor das corridas seja de no mínimo R$ 10 – de acordo com os sindicatos, o mínimo está em torno de R$ 6.

A categoria também pede aumento do valor pago por quilômetro rodado e diminuição da taxa percentual das corridas das companhias. Também segundo os sindicatos, o desconto está entre 40% e 60%.

Os motoristas querem ainda uma cobrança extra por parada solicitada pelo passageiro ao longo da mesma corrida, além do fim dos banimentos da plataforma sem justificativa e mais segurança no trabalho.

Amasp

“O movimento está satisfatório, mas muitos motoristas não aderiram à paralisação. Mesmo assim, está muito bom”, disse para este noticiário Eduardo de Souza, conhecido como Duda, presidente da Amasp. “Abriu-se um pico dinâmico de R$ 30 hoje praticamente na cidade inteira. Na nossa leitura, o pico é por conta da pouca oferta de motoristas em comparação com a demanda de passageiros. Era o efeito esperado”, contou.

Duda acredita que as empresas não vão sinalizar nenhuma vontade de conversar com os sindicatos, mas, como é de praxe, elas ouvem, discutem internamente e voltam com uma proposta tempos depois.

“Vamos aguardar os próximos dias para ver se elas resolveram o problema. Temos um problema e precisamos que seja resolvido. Se elas não resolverem, a gente não faz mais paralisação, mas sim uma manifestação. E vamos agravando, agravando até que se solucione este problema”, explicou Duda.

SindMobi

No Rio de Janeiro, os motoristas de aplicativos realizaram uma carreata até o prédio da Uber para reivindicar corridas valendo, no mínimo, R$ 10 e o mínimo de R$ 2 por quilômetro. “Foi uma das maiores paralisações que já fizemos”, avaliou Luiz Côrrea, presidente do SindMobi para Mobile Time. “No momento da carreata, o dinâmico estava bem alto. Isso mostra que a maioria dos motoristas desligaram seus aplicativos. O manifesto vai continuar até as empresas atenderem a nossa pauta de reivindicações”, completou.