As exportações do setor eletroeletrônico totalizaram US$ 431,8 milhões em julho, uma queda de 22% comparada ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 15, pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). As vendas externas de bens de telecomunicações foram de US$ 16,9 milhões, redução de 14,4%. As exportações de informática aumentaram 8,1%, totalizando US$ 28,1 milhões. No comparativo com junho, o total mostrou uma queda de 4,6%. As exportações de telecomunicações caíram 24,1% e as de informática, 13,6%.

Na soma de janeiro a julho, o setor eletroeletrônico mostrou uma queda menor: 2,7%, total de US$ 3,368 bilhões. As telecomunicações exportaram 15,6% menos. Ressalta-se o desempenho da área de informática, com aumento de 51,1% nas exportações, total de US$ 210,2 milhões. A Abinee alega que o desempenho ocorreu por conta da instabilidade do dólar frente ao real, que passou de R$ 3,70 no primeiro semestre, em média, para R$ 3,20 em julho.

Já as importações totalizaram US$ 2 bilhões, 23,5% abaixo de julho de 2015. A única área a apresentar aumento foi a de telecomunicações, com 6% e total de US$ 138,3 milhões. O setor de informática registrou recuo de 32%, total de US$ 106,6 milhões. Comparando com junho, as exportações totais caíram 20%, enquanto nas telecomunicações a alta foi de 12,6%. Em informática, houve queda de 31,9%.

No total de janeiro a julho, as importações somaram US$ 14,197 bilhões, uma queda de 30,6%. Os bens de telecomunicações mostraram queda de 26,7% (total de US$ 902,4 milhões) e os de informática caíram 26,2% (total de US$ 796,2 milhões). Dentre os produtos mais importados no período estão os componentes de telecomunicações (US$ 1,978 bilhão, queda de 42%). Os semicondutores totalizaram US$ 1,788 bilhão (queda de 22%), enquanto os componentes para informática somaram US$ 883 milhões (recuo de 44%).

O saldo comercial de janeiro a julho de 2016 mostra um déficit da balança comercial de US$ 10,92 bilhões, 36% abaixo do que o registrado em igual período do ano anterior. A entidade lembra que a redução do déficit ocorre desde junho de 2014, e que é consequência da "queda das importações" e "baixo nível de atividade da indústria".