A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que integra o Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que abrirá um procedimento de averiguação preliminar contra a Apple para prestar esclarecimentos sobre a possível radiação do modelo iPhone 12. Em nota enviada ao Mobile Time, a associação afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Inmetro também serão oficiados para conhecimento dos fatos.

A França, na última terça-feira, 12, suspendeu as vendas do iPhone 12, depois da ANFR (Agência Nacional de Frequências da França) ordenar a retirada do aparelho no mercado francês. Foram feitos testes que mostraram que a SAR (Taxa de Absorção Específica) do telefone ultrapassava o limite máximo legal permitido de emissão de ondas eletromagnéticas capazes de serem absorvidas pelo corpo. No País, a taxa limite é de 4 W/kg (watts por quilograma), enquanto a agência detectou a taxa de emissão no handset da Apple de 5,74 W/kg.

À Reuters, a empresa informou que vai atualizar o sistema operacional do iPhone 12 no mundo todo depois que o País francês pediu a retirada do produto do mercado na manhã desta sexta-feira, 15.

Na última quarta-feira, 13, a empresa americana havia afirmado que o iPhone 12 foi certificado por várias agências internacionais como um aparelho compatível com os padrões globais de radiação. A Apple desmentiu os resultados dos testes franceses, assegurando que está em conformidade com os padrões da SAR. No entanto, depois voltou atrás com a atualização do produto em todo o mundo.

A Anatel disse que está se reunindo com organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado, em comunicado enviado à imprensa.

Procurada por Mobile Time por e-mail, a Apple respondeu dizendo que não comentará o caso.