identidade

Ilustração: Cecília Marins

A Vsoft trabalha desde 2020 em um sistema de biometria neonatal auricular baseado em foto tirada por smartphone ou tablet. Atualmente, a captura possui uma acurácia de 90% a 92%, que é alta, mas ainda não é o suficiente para o lançamento comercial, que estava previsto para meados de 2023.

Segundo Pedro Alves, co-CEO e fundador da Vsoft, esse tipo de biometria pode chegar a 99% de acurácia, conforme demonstraram estudos estrangeiros sobre o tema. O objetivo da companhia é chegar entre 98% e 99% para que o app possa ser comercializado. O algoritmo proprietário que está sendo desenvolvido pela Vsoft é totalmente brasileiro.

A ideia é lançar uma tecnologia de baixo custo. “Utilizando algo que já está disponível dentro de uma maternidade ou mesmo dentro de uma sala de parto que seria um smartphone ou um tablet”. Atualmente, as tecnologias de biometria neonatal disponíveis são caras e não muito precisas. Não haverá necessidade de compra de um equipamento novo, apenas do aplicativo.

O processo é simples. Primeiro há a captura da foto da orelha da criança, assim como dos seus dados biográficos. Depois, há o registro da biometria da mãe por meio da face ou das impressões digitais, além dos seus dados biográficos também. O app gera o template da biometria auricular do recém-nascido e fornece APIs para que outros sistemas possam utilizar a informação para autenticação, como a futura Declaração de Nascido Vivo (DNV) digital.

“Você vai fazer a validação da ficha de identificação neonatal do recém-nascido e da mãe, fazer o match entre os dois, no momento da saída, e assim garantir que essa saída da maternidade seja feita de forma segura”, comentou Alves, no Seminário de Identificação Neonatal, realizado nesta quinta-feira, 15.

O método utiliza as informações biométricas da orelha para identificação de recém-nascidos. “A orelha possui alguns pontos característicos, chamados landmarks, que formam a parte externa, a aurícula. Esses pontos são usados para determinar a geometria e assim gerar um template único, para que a gente consiga identificar a pessoa pela orelha”, explicou.