O MetrôRio registra diariamente 3,5 mil passagens pagas com NFC direto em suas catracas. Esse volume representa 0,5% do total diário da empresa, mas está crescendo rapidamente. Em abril, quando o sistema foi lançado, eram cerca de 400 passagens por dia. Ou seja, em quatro meses o volume cresceu praticamente nove vezes.

O pagamento por aproximação com a tecnologia NFC está disponível em todos os acessos do metrô carioca, totalizando 280 catracas, distribuídas por 41 estações. Basta o passageiro aproximar do visor da catraca o seu cartão com NFC, ou seu smartphone com carteira digital (Samsung Pay ou Apple Pay, por exemplo), um um wearable associado a um cartão de crédito, como relógios, pulseiras ou anéis inteligentes. Atualmente 60% dos pagamentos de passagens por aproximação no MetrôRio são feitos com smartphone e 40%, com cartão de plástico.

60% dos pagamentos com NFC são feitos com smartphone, diz Charles de Sirovy, diretor do MetrôRio

“Quem usa é um público mais seleto, geralmente de classe A”, comenta Charles de Sirovy, diretor administrativo-financeiro e de relações com investidores do MetrôRio, em entrevista para Mobile Time.

Por enquanto esse meio de pagamento está limitado a cartões de crédito da bandeira Visa. Mas até o final do ano o MetrôRio pretende liberar o pagamento com cartões de débito. Paralelamente, há negociações em curso com Mastercard e Elo para que os cartões com essas bandeiras também sejam aceitos nas catracas das estações cariocas. “Foram 18 meses de desenvolvimento com a Visa, mas estamos abertos a todas as bandeiras. Nosso cliente será digital como quiser”, diz o executivo.

O metrô do Rio de Janeiro é o primeiro da América Latina e um dos poucos no mundo em que as catracas permitem pagamento por aproximação usando cartão de crédito, smartphone ou wearable. Outros metrôs que dispõem desse meio de pagamento são os de Londres, de Hong Kong e de Cingapura, relata Sirovy.

O executivo, aliás, destaca a vantagem para os turistas que visitam o Rio de Janeiro: “O turista que chega no Rio não precisa mais procurar a bilheteria do metrô, entender a moeda, trocar a moeda, receber troco etc. Ele simplesmente pega o cartão dele, vai direto na catraca e passa. Essa solução reduz custos e aumenta a conveniência. É um ganha-ganha, na minha opinião”, comenta.

Mobishop

O case do MetrôRio será apresentado por Sirovy no Mobishop, seminário sobre m-commerce, m-payment e m-banking organizado por Mobile Time, no dia 8 de outubro, no WTC, em São Paulo. O evento já entre seus palestrantes confirmados executivos do Itaú Unibanco, Banco Original, next, Banco Central, Rappi, Mastercard, Delivery Center, Mercado Pago, dentre outros. A agenda atualizada e mais informações estão disponíveis em www.mobishop.com.br, ou pelo email [email protected], ou pelo telefone 11-3138-4619.