Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time

Publicada originalmente no Teletime | O telefone celular liderou como a principal forma de acesso à Internet, presente em 99,5% dos domicílios brasileiros em 2021. A informação foi divulgada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE nesta sexta-feira, 16, e mostra que, embora o smartphone esteja praticamente na totalidade de residências, ainda há um gargalo na economia brasileira. Em 2021, 28,7 milhões de pessoas não tinham telefone móvel celular para uso pessoal, o que representa 15,5% da população de 10 ou mais anos de idade. Deste número, 28% alegaram que o aparelho telefônico era caro.

O estudo também revela uma mudança nos outros dispositivos com os quais o brasileiro acessa à web. A smart TV aparece na segunda posição – atrás dos celulares – como a opção de acesso mais utilizada, presente em 44,5% dos domicílios, alta de 12 pontos percentuais frente 32% de 2019. O uso de computadores caiu de 45% para 42% e se encontra na terceira posição. Completa a lista o tablet, que recuou de 12% para 10% dos domicílios, no período.

“Entre 2019 e 2021, houve queda do acesso à internet por microcomputador e tablet, mas já observamos o aumento do acesso por meio da televisão em mais de 10 pontos percentuais. Analisando a série desde 2016, vimos que houve ligeiro aumento do acesso por celular, queda do computador de 57 para 42% e no uso do tablet de 18% para 10%. Já a TV sai de 12% em 2016 para 44,4%”, destacou a analista.

Telefonia fixa em queda

Outro dado que a PNAD também mostra é que proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 15,5%, uma queda de 7,5 pontos percentuais em relação a 2019, que tinha 23%. Essa tendência de baixa foi também observada em todas as regiões do país. Já a taxa de domicílios que possuíam telefone móvel celular foi de 96%, o que representou um aumento frente a 2019, que era de 94,5%.

O rendimento real médio per capita da parcela de domicílios em que não havia telefone ficou muito abaixo daquele nos domicílios que tinham telefone. No País, em 2021, o rendimento nos domicílios que não tinham telefone, de R$ 700, representou 48,5% do rendimento nos que tinham telefone, que era de R$ 1.445. Já nos em que havia telefone fixo convencional o rendimento médio foi de R$ 2.432, enquanto naqueles com telefone móvel celular este rendimento foi de R$ 1.444.

Recuo nos PCs

De 2019 a 2021, a proporção de domicílios com computador recuou de 41,5% para 41%, o que permitiu a TV tomar a segunda posição na pesquisa. Na área urbana, esse percentual caiu de 45,5% para 45% e na área rural, houve redução de 14% para 13%. Nesse período, a proporção de domicílios com tablet caiu de 11,5% para 10%. O rendimento médio dos domicílios sem microcomputador nem tablet era de R$ 835, e de R$ 2.172 nos domicílios com pelo menos um destes equipamentos.