O padrão de 5G a ser usado pela Vivo no começo da sua cobertura no País será non-standalone (NSA 5G). A informação foi confirmada pelo diretor planejamento e tecnologia da operadora, Átila Branco, em conversa com Mobile Time nesta quarta-feira, 16.

Durante sua passagem no IT Forum X em São Paulo, Branco disse que haverá uma “evolução natural” para o padrão stand-alone, mas a operadora começará no 5G com o NSA por uma questão de maturidade e pela oferta de dispositivos.

“Ainda não existem dispositivos com SA no mundo, só NSA. Acreditamos que os primeiros aparelhos serão lançados pelos fabricantes chineses em 2020”, afirmou Branco. “Também tem a questão da maturidade. O padrão stand-alone começará a ser implementado, enquanto o non-standalone já está no mercado”.

Equipamentos

Pelo lado dos fornecedores, Carlos Roseiro, diretor de soluções da Huawei no Brasil, explicou que a escolha entre stand-alone e non-standalone é algo que depende da operadora. Mas vê com naturalidade a opção de iniciar pelo NSA, ante o SA. Mas lembrou que a principal vantagem da empresa que usará o stand-alone é ter o fatiamento de rede (network slicing, no original em inglês), um serviço vital para acelerar a Internet das Coisas das empresas no 5G. No NSA há o network slicing.

Roseiro disse ainda que o equipamento de rede oferecido atualmente pela chinesa está apto para os dois padrões.

Evolução

Na conversa com esta publicação, Branco, da Vivo, afirmou que a rede LTE da empresa de telecomunicações está “100% pronta” para migrar para 5G NSA no núcleo de rede, backhaul e backbone. Portanto, inicialmente, não há necessidade de trocar o parque de antenas. Sobre a migração para o 5G SA, afirmou que dependerá de o equipamento do fornecedor estar apto ao padrão, algo que será avaliado mais adiante. Em relação ao network slicing, o diretor da operadora acredita que pode ofertar redes privativas para clientes que têm necessidades específicas, como mais tráfego de dados para determinada área geográfica e menor latência.