A Clavis Segurança da Informação, empresa brasileira desenvolvedora de uma plataforma voltada para o monitoramento e detecção de ameaças e gestão de vulnerabilidade, tem planos para expandir para os Estados Unidos e restante da América Latina. Com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, a companhia possui clientes no Paraguai e na Colômbia, mas quer alçar voos mais altos e, no médio prazo, pretende entrar em novos mercados do continente.

“Vamos abrir nossa unidade nos Estados Unidos para focar fortemente na nossa internacionalização”, resume Victor Santos, CEO da Clavis Segurança, em conversa recente com Mobile Time.

Não faltam motivos para a abertura do escritório. O primeiro deles é o fato de a Clavis ser parceira oficial da AWS. A empresa pode ser contratada por clientes da nuvem da Amazon e, para receber esses pagamentos, é preciso ter um escritório montado nos EUA. “Queremos ampliar canais de vendas dentro da AWS e, com isso, acreditamos que poderemos firmar parcerias com outros benchs de nuvem”, explica.

Clavis Cibersegurança

Victor Santos, CEO da Clavis Segurança. Foto: divulgação

Outro motivo é a maturidade do mercado norte-americano quando o assunto é cibersegurança. E a Clavis chega com uma vantagem: custo baixo. “É um mercado mais consciente, mais maduro e temos uma expertise muito forte em ciber. Competimos bem com empresas de lá, mas com um custo mais baixo. Não estamos suscetíveis à variação cambial, variação do dólar, o nosso custo é menor e é possível parcelar”, conta. “E o nível de prestação de serviço dos nossos especialistas não deixa nada a desejar”, completa.

Para o longo prazo, a empresa de cibersegurança olha também para a Europa. “Mas antes ainda temos muita coisa para fazer no Brasil. Até 2028, a nossa missão é ser o principal player de cibersegurança no país. Hoje temos uma boa fatia do mercado, mas ainda temos um público muito grande que não consome cibersegurança”, diz.

Números e história da Clavis

A companhia nasceu na COPPE/UFRJ, 21 anos atrás, em 2004, como uma academia de treinamento e capacitação na área de cibersegurança. Os sócios, estudantes de 18 e 19 anos, estavam ainda começando na universidade. Para dar “credibilidade” ao empreendimento, correram atrás de certificações e selos de qualidade de excelência técnica para ter a chancela do mercado.

Até o momento, a academia formou mais de 45 mil profissionais e continua oferecendo cursos para o B2B além de treinar colaboradores de seus clientes para que amadureçam no tema de cibersegurança. Para isso, as empresas-clientes têm acesso à plataforma de treinamento da Academia Clavis.

Depois de consolidada a academia, a empresa abriu um novo ramo, de testes de segurança, análise forense e consultoria. Mas, em 2014, ampliou seu modelo ainda mais e desenvolveu uma plataforma de segurança. Ela oferece monitoramento e detecção de ameaças, gestão de vulnerabilidade e monitoramento de fontes de inteligência pública (ou seja, verifica na web e deep web se o dado da empresa está vazado, se existem sites vendendo cópias fake de dados se passando pela empresa, ou se há planejamento de ataque em fóruns de hackers).

“É uma plataforma brasileira que entende o cenário real de ameaças nacionais, independentemente da fonte do dado que será gerado”, afirma Santos.

A plataforma coleta dados de diferentes fontes: catraca, câmera, computador, dispositivos mobile, IoT, infraestrutura crítica (como usinas, energia, transporte), além de analisar os dados para identificar violação, ameaça, tentativa de ataque, uso indevido dessas aplicações – e gerar o alerta para o time.

Atualmente, a empresa monitora mais de 20 milhões de eventos diários, culminando em mais de 735 bilhões de eventos por ano. Como resultado, a Clavis identifica mais de 13 milhões de anomalias e, ao todo, mais de 100 milhões de pessoas são impactadas pelo seu trabalho.

A empresa tem mais de 150 clientes, num total de 260 marcas no Brasil e na América Latina e é homologada pelo Ministério da Defesa como “Empresa Estratégica de Defesa”.

 

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