Ilustração: La Mandarina Dibujos

O conceito de identidade digital distribuída (IDD) é uma das apostas da ClearSale para o futuro da autenticação digital em um ambiente de web 3.0, destaca o head de estratégia de mercado da companhia, Marcelo Queiroz, em conversa com Mobile Time. 

A IDD, que também pode ser chamada de identidade digital descentralizada, consiste na emissão de uma identidade digital que fica registrada em uma rede blockchain e armazenada em uma carteira digital, que pode ser um app em um smartphone.

“Esse conceito é a nova fronteira nos processos de autenticação e validação digitais. E tem muito a ver com mobile porque ao se criar uma IDD esta fica registrada em uma rede de blockchain, e atrelada a uma carteira digital que é mobile e que pode operar offline”, explica Queiroz.

O principal ganho de se trabalhar com uma IDD é que o usuário só precisa fazer o cadastro uma vez e passa a usar aquela identidade em diferentes serviços digitais conectados àquela rede. “O cadastro é feito apenas uma vez e a identidade é reaproveitada”, diz o executivo. 

Outra vantagem é a possibilidade de construção de um modelo de negócios que remunera emissores, validadores e o próprio usuário final, ao mesmo tempo em que reduz o custo com identificação e autenticação em serviços digitais. A proposta é que haja um ou mais emissores em uma mesma rede de identidade digital distribuída, à qual vários serviços digitais possam recorrer para cadastrar novos usuários e autenticar seus acessos. Este, aliás, é o vínculo com a chamada web 3.0, na qual os dados distribuídos têm valor para todos os entes da rede, argumenta Queiroz.

A ClearSale participa de um projeto de identidade digital distribuída em parceria com CPQD e Mercado Bitcoin dentro da iniciativa Lift, do Banco Central. Nesse piloto, a ClearSale contribui com uma solução para conferir segurança na emissão da IDD. Em outra frente, a ClearSale trabalha para se tornar ela própria uma emissora de IDD dentro da rede que o CPQD está construindo.