O ministro das Comunicações, Fábio Faria, e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, solicitaram ao relator do Orçamento de 2021 da União, senador Marcio Bittar (MDB/AC), que os recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) estejam disponíveis na Lei Orçamentária Anual. Os ministros apresentaram a Bittar o projeto de ampliação da conectividade em áreas rurais – e afirmaram que, para esta implantação aconteça, será necessário contar com o Fust.

A previsão do projeto é cobrir uma área de 275 mil km², beneficiando uma população estimada de 2,4 milhões de pessoas, que passarão a receber o sinal 4G. Segundo informações do MCom, mais de 1,2 mil estações de rádio base deverão ser implantadas ao custo estimado de R$ 600 mil cada.

O senador Marcio Bittar, que deve entregar o orçamento deste ano ainda nesta semana, sinalizou positivamente para os projetos dos ministérios. Ex-pecuarista, de família tradicional do agronegócio do Acre, Bittar se interessou pela proposta de conectividade em áreas rurais. “A tecnologia produz avanços relacionados à Agricultura de Precisão que permitem não só o aumento da produção, mas eficiência e inclusão dos pequenos e médios. Estabelecer e viabilizar esse cenário cada vez mais democrático é um compromisso, e uma maneira de agradecer a imensa contribuição que os produtores têm dado ano após ano ao nosso País”, afirmou, ao Mobile Time.

Durante a reunião, o ministro Fábio Faria solicitou ainda a complementação de recursos com verbas do Fust para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) para o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD). Se aprovado, o dinheiro será usado em um projeto, ao custo de R$ 2,45 milhões, para o desenvolvimento de soluções de segurança da informação. O assunto, aliás, tem sido motivo de atenção do MCom: na terça-feira, 16, o ministério publicou no Diário Oficial a criação de um Comitê de Segurança da Informação, departamento inteiramente ligado ao tema, que deverá, inclusive, seguir normas do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).