A Bemobi, que oferece soluções e plataformas móveis de serviços digitais, microfinanças e pagamentos, anunciou, na última quinta-feira, seus resultados financeiros de 2022. A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 97 milhões, um aumento de 25%, em comparação com 2021. O Ebitda ajustado foi de R$ 180 milhões (+50%), enquanto a receita líquida ajustada somou R$ 556 milhões (+70%).

A companhia terminou dezembro de 2022 com uma posição de caixa de R$ 579 milhões. Considerando o valor, a Bemobi entra 2023 analisando novas rodadas de expansão com M&As.

No 4T22

No quarto trimestre de 2022, a Bemobi registrou recorde de receita líquida ajustada, totalizando R$ 142 milhões, um incremento de 11%, em relação ao mesmo período de 2021. O Ebitda ajustado, de R$ 47,5 milhões (+12%), também foi o maior em um trimestre.

O lucro líquido ajustado de R$ 26 milhões do trimestre foi o único resultado a apresentar queda, em relação aos $ 27 milhões de 2021. A empresa informou, no entanto, que o valor foi impactado pelo mark-to-market (marcação a mercado) da operação de swap para a recompra de ações. Desconsiderando isso, o lucro líquido ajustado recorrente seria de R$ 32,6 milhões.

Diversificação

De acordo com Pedro Ripper, cofundador e CEO da Bemobi, os indicadores refletem a estratégia de diversificação de receitas da companhia, definida há dois anos, por ocasião do seu IPO. Em fevereiro de 2021, a Bemobi abriu capital na B3, captando R$ 1,1 bilhão. Naquele mesmo ano, adquiriu a chilena Tiaxa e a brasileira M4U, controlada anteriormente pela Cielo.

O plano previa a expansão em negócios de pagamentos digitais, microcrédito e PaaS (Plataformas como Serviços) em mercados emergentes. Atualmente, as três linhas de negócios representam 66% da receita da companhia, que continua atuando em seu mercado inicial, de micro-assinaturas de games e aplicativos para smartphones.