A Sofist, empresa que desenvolve soluções para testes de sites e apps, começa a trabalhar com o desenvolvimento de uma farm (fazenda, na tradução em português) de dispositivos. Atrelado a um software da companhia, esta fazenda de celulares simula o comportamento de um app (ou webapp) em diversos dispositivos, como smartphones a tablets.

Este tipo de solução, até então, era usada por grandes companhias para acompanhar o comportamento de seus apps e webapps em diversas telas; e por fraudadores que tentam ganhar com clique em campanhas de marketing. Agora, ela surge como uma alternativa para testar falhas e erros (bugs) nos apps e sites de qualquer tipo de empresa.

“Neste modelo nós entramos mais com o software. Ele faz toda a experiência na jornada do consumidor, simula todos os testes, das telas pequenas às telas grandes, e consegue entregar um relatório com os erros em vídeo”, explica Bruno Abreu, CEO e fundador da companhia.

A diferença entre uma solução de farm local e de um simulador em nuvem, segundo o executivo, é que o farm é mais fidedigno, por dar os resultados “como acontecem” e “em tempo real”. Ele frisa ainda que o importante neste produto é o software de testes desenvolvido pela Sofist, e que o set de smartphones pode ser customizado, com menos handsets – eram 28 devices no teste mostrado para Mobile Time.

Com esta farm, o CEO da Sofist acredita que pode resolver problemas de setores específicos, como o e-commerce. “A nossa estratégia é buscar um parceiro, criar um case, ter um feedback para gerar um produto on premise (que fique dentro do contratante, na tradução para o português)”.

Abreu ressaltou que a companhia tem realizado conversas com algumas marcas, mas não tem nada fechado.

 

Estratégia

O executivo acredita que o e-commerce apresenta uma série de problemas que podem ser resolvidos com prévia análise de sites e apps. Os problemas mais citados são: falha de conexão, pagamento (checkout), não preenchimento de todas as informações do usuário e demanda excessiva de informações.

Exemplificando com dados de outra solução, o One Day Testing (uma espécie de check-up de apps e sites em um dia), o executivo revelou que é possível encontrar entre 30 a 35 bugs em sua análise. Embora ressalte que nos projetos contínuos (com mais de 12 meses de contrato e análises constantes) as falhas são bem pontuais.

“As pessoas criam apps e só descobrem que ele não serve (ou que está com problemas) depois que está pronto”, disse o CEO, ao frisar que sua empresa não é apenas um beta tester, mas ajuda a transformar a cultura de seus parceiros.

Próximas etapas

Com 40 funcionários em sua equipe e 150 empresas parceiras de suas soluções nos últimos dois anos, o CEO da Sofist acredita que está em um momento de crescimento. Sem revelar valores, ele disse que pretende aumentar 55% de sua receita na comparação com o ano passado com a entrada de novos clientes, mas, claro, mantendo os atuais, como 99, Reclame Aqui, Webmotors, Magalu, Arezzo, VTex, Marisa e Movile – esta última, cliente desde 2008.