Nos anos de 2023 e 2024, houve 38 acidentes com moto por 100 mil motociclistas no Rio de Janeiro. O número é 12,6 vezes maior que o registrado dentro do serviço da 99moto na mesma cidade, que foi de 3 acidentes por 100 mil motociclistas. A comparação faz parte de uma pesquisa realizada pela Instituto Cordial, com apoio da 99, e apresentada nesta quarta-feira, 17, junto com representantes da prefeitura carioca.

Foram computados dados levantados junto à 99 e o DataSUS. Os números incluem acidentes leves, graves e fatais. Os leves são aqueles que podem envolver escoriações, mas sem internação. Os graves resultam em internação. E os fatais são aqueles com óbito.

No mesmo período de 2023 e 2024, a 99moto registrou média de 9 sinistros por milhão de corridas no Rio de Janeiro. Se considerados sinistros graves e fatais, foi menos de 1 por milhão. Analisando apenas os fatais, a taxa foi de 0,2 por milhão.

A pesquisa também revela que a entrada em operação do serviço de motoapp da 99moto não gerou um aumento de acidentes fatais na capital fluminense. Antes de seu lançamento, a média girava entre 5 e 15 óbitos provocados por acidentes de moto no Rio de Janeiro por mês. Depois da chegada do 99moto, a média é de três óbitos por mês.

“A velocidade é o principal fator de risco”, apontou Luis Fernando Meyer, diretor de operações do Instituto Cordial.

Pesquisas similares realizadas em São Paulo e em Belo Horizonte apresentaram resultados similares, revelando que a prestação do serviço de motoapp pela 99moto é mais seguro que as corridas feitas fora do aplicativo.

99moto

Luis Fernando Meyer, diretor de operações do Instituto Cordial, durante a apresentação da pesquisa, no Rio de Janeiro (Crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)

Ferramentas de segurança da 99moto

A explicação para ter uma taxa menor de sinistralidade está nas medidas de segurança adotadas pela 99moto, acredita o diretor de negócios da 99, Leandro Abecassis.

Além da verificação de antecedentes criminais dos motociclistas, a empresa acompanha por telemetria a forma como eles conduzem; alerta na tela do app em tempo real se superada a velocidade permitida; informa no mapa quando há trechos perigosos; e realiza campanhas educacionais para condutores e passageiros. Somente em 2025, a 99 fará um investimento incremental de R$ 75 milhões em segurança, afirmou o executivo.

No quarto trimestre, a 99moto passará a entregar para os seus motociclistas parceiros no Rio de Janeiro um relatório mensal personalizado sobre a qualidade da sua condução, destacando pontos como cuidado na aceleração, na frenagem e nas curvas, por exemplo. Também será criada uma pontuação sobre a qualidade da condução para cada motociclista.

Parceria com a prefeitura

Os dados levantados pela 99 sobre suas corridas de moto estão sendo compartilhados com a prefeitura do Rio, com a qual estabeleceu um acordo de cooperação técnica.

“O uso da moto é uma tradição no Rio, especialmente no transporte nas comunidades, por conta da geografia da cidade. A prefeitura decidiu construir parcerias em vez de ter uma relação de enfrentamento com os apps, como vemos em outras cidades”, comentou o diretor de engenharia da CET-Rio, André Drummond.

99moto no Brasil

A 99moto está presente em 3,3 mil cidades brasileiras e conta com 700 mil motociclistas ativos que fizeram pelo menos uma corrida nos últimos 30 dias. Desde meados de 2022, quando entrou em operação, acumula mais de 1 bilhão de corridas realizadas.

O serviço de motoapp foi contestado na Justiça por prefeituras de 20 cidades. Em todas elas a 99 venceu os processos até agora, informa a empresa – alguns deles na primeira instância e outros em segunda instância, como foi o caso recente de São Paulo. Na capital paulista, a Justiça determinou que a prefeitura tem 90 dias para regulamentar o serviço.

A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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