Cristiano Amon, CEO e presidente da Qualcomm (crédito: Qualcomm)

O lançamento do Snapdragon 8 de segunda geração na última terça-feira, 15, coloca em foco a inteligência artificial no cotidiano e nas mãos do usuário. É o que acredita Cristiano Amon, CEO e presidente da Qualcomm, que aposta em adicionar a inteligência artificial “em tudo que fazemos”.

“O crescimento da IA vai acontecer na ponta. Nós estamos prestes a ver isso hoje, com a IA está mais presente no nosso dia a dia. IA na ponta é diferente. Nós precisamos de processamento em tempo real e transformar IA em tempo real e precisamos fazer isso de modo bem eficiente. Para tanto, não podemos ser líderes em uma ou outra tecnologia, nós precisamos continuar avançando em comunicações com Wi-Fi e satélite. É preciso ter mais poder computacional em tudo que fazemos sem comprometer o tamanho e a bateria de um terminal”, explicou.

Nesta caminhada da Qualcomm AI-First, a companhia exalta que vendeu 2 bilhões de produtos com chips de IA, historicamente. Ziad Asghar, vice-presidente de gerenciamento de produto na Qualcomm, disse que a companhia busca deixar os dispositivos mais “inteligentes” e comentou que o Snapdragon 8 gen 2 traz tantos avanços em IA que possibilitam alguns casos de uso, como:

  • Tradução multilíngua em tempo real em parceria com Xiaomi, capaz de traduzir uma fala em inglês para chinês em espanhol;
  • Reconhecimento de quando o usuário chegar para travar ou destravar o smartphone com Qualcomm Sensing hub, inclusive pelo som;
  • Foto com motor cognitivo;
  • Uso de micro-camadas em ‘tijolos’ (micro-tiles) nas operações do motor de IA Qualcomm Hexagon, o que permite mais velocidade no processamento de operações e menos consumo de bateria.

O CEO lembrou que a marca Snapdragon não está apenas nos handsets, mas também em notebooks, dispositivos de realidade aumentada, realidade virtual e carros.

“Essa tecnologia que dá mais poder ao smartphone está começando a ir em todos os lugares que a experiência mobile estiver. E a Qualcomm está mudando com isso. Nós estamos deixando de ser a companhia que era líder em comunicação wireless na indústria mobile para a empresa conectada no processamento para a inteligência na ponta”, completou Amon.

*O jornalista viajou ao Havaí a convite da Qualcomm