A mídia móvel segue em sua escalada, conquistando cada vez mais importância no mercado publicitário brasileiro. Neste ano, a projeção é de que os gastos com publicidade móvel no País cresçam 56%, alcançando US$ 2,52 bilhões, o que representará 55% do total gasto com mídia digital no ano (US$ 4,55 bilhões). Os números fazem parte de relatório do eMarketer.

O mobile é o segmento com o crescimento mais acelerado em publicidade no País. Por isso, está ganhando participação ano a ano. Em 2017, seu share era de 10,3%. Neste ano, subirá para 15%. E em 2022 será de 26,8%, quando alcançará US$ 5,24 bilhões. Por sua vez, a participação do mobile sobre os gastos com publicidade digital, especificamente, subirá para 78% em 2022.

O Brasil é o líder absoluto em publicidade móvel na América Latina. Neste ano, o país corresponderá a praticamente a metade (47,6%) do total gasto em publicidade móvel na região. O México aparece distante em segundo lugar, com 20,6%. A participação brasileira, contudo, deve cair para 44,1% em 2022, em razão do crescimento dos outros países.

Outras mídias

Para efeito de comparação, a eMarketer projeta que os gastos com publicidade em geral no Brasil crescerão 6,6% este ano, atingindo US$ 17 bilhões divididos da seguinte forma: TV (US$ 8,47 bilhões); digital (US$ 4,55 bilhões); mídia impressa (US$ 1,79 bilhão); out-of-home (US$ 1,12 bilhão); e rádio (US$ 1,07 bilhão).

Para 2022, a companhia prevê que o mercado brasileiro gastará US$ 19,53 bilhões em publicidade, divididos da seguinte forma: TV (US$ 8,94 bilhões); digital (US$ 6,48 bilhões); mídia impressa (US$ 1,63 bilhão); out-of-home (US$ 1,35 bilhão); e rádio (US$ 1,12 bilhão). Em números absolutos, portanto, o único segmento que vai diminuir é o de mídia impressa.

O mobile está incluído dentro dos números de mídia digital.

De acordo com o analista Matteo Cerveuls, que assina o relatório de eMarketer, a mídia móvel tem sido cada vez mais utilizada pelas marcas para se comunicar com o público jovem, enquanto mídias tradicionais como TV e rádio concentram as campanhas que têm como público-alvo a audiência mais velha.