A Infobip promoveu o executivo brasileiro Yuri Fiaschi para head das Américas, um cargo novo dentro dentro da empresa. A meta é alcançar receita de 70 milhões de euros no continente este ano, o que representará um crescimento de 2,5 vezes em relação ao ano passado.

Até então empresa de mensageria dividia sua gestão da região em duas áreas com um executivo responsável por cada: América do Norte e América Latina. Os bons resultados de Fiaschi à frente da América Latina fizeram com que a Infobip decidisse promovê-lo, ao mesmo tempo em que as duas regiões passam a se integrar em uma só.

“Tenho um desafio grande em buscar novas parcerias estratégicas e vendas, especialmente junto a companhias locais no mercado norte-americano. A Infobip foi bem no Vale do Silício: vários apps e redes sociais trabalham com a gente, algumas como parceiros globais, como a Uber. Mas ainda estamos engatinhando na relação com outras empresas locais nos EUA”, avalia Fiaschi.

Escritório e data center novos

A Infobip tem hoje 11 escritórios nas Américas, sendo oito na América Latina e três na América do Norte (São Francisco, Nova Iorque e Vancouver). Fiaschi vai trabalhar no escritório de Nova Iorque. Uma de suas primeiras tarefas será escolher uma cidade norte-americana para sediar o décimo-segundo escritório da companhia nas Américas. “Deve ficar perto de universidades e de um aeroporto, e também de boas empresas de tecnologia para agregarmos clientes e contratarmos profissionais”, explica Fiaschi. O novo escritório deverá ser aberto já no quarto trimestre e terá capacidade para 30 a 40 funcionários, somando as áreas de suporte, marketing, administração e finanças.

Outro plano do executivo é investir em um data center em Washington, para atender os EUA e o Canadá, tal como fez em São Paulo, neste caso para atender o mercado brasileiro.

Análise

Fiaschi é mais um exemplo de executivo que, após sucesso no setor de telecomunicações brasileiro, é promovido para voos mais altos no exterior. Outros casos conhecidos são os de Marco Quatorze, que foi levado da Claro no Brasil para a Telcel, no México; e Roger Solé, que foi CMO da TIM Brasil, e agora é CMO da operadora norte-americana Sprint.