A JumpCorp, empresa brasileira de AIoT (Inteligência Artificial das Coisas), em parceria com o Mescla, centro de inovação da PUC-Campinas, lançou o programa A-IoT Lab Brasil, nesta segunda-feira, 19, no interior de São Paulo. O objetivo é impulsionar o desenvolvimento da tecnologia nas áreas de Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) e gerar soluções de comunicação entre dispositivos, além de capacitar profissionais para o mercado brasileiro. O projeto conta com a parceria das empresas American Tower, Constanta, Everynet, Khomp, Nokia, Qualcomm, Semtech, TIP Telecom, AWS Academy e Abinc (Associação Brasileira de Internet das Coisas).

As empresas participantes, além da universidade, realizaram um investimento para a construção do laboratório. A infraestrutura é equipada com dispositivos, monitores, sensores (e outras tecnologias) – das empresas parceiras – conectados por meio de uma rede de telecomunicações aplicada para IoT; sistema computacional composto por servidores locais e em nuvem para obter um melhor processamento na tomada de decisão.

De acordo com o CEO da JumpCorp, Jose Luiz Pelosini, em conversa com Mobile Time, o projeto buscou empresas que estivessem posicionadas em determinadas fases do ecossistema de inteligência artificial. “Nós convidamos empresas que são fabricantes, provedoras de conectividade, que possuem um conteúdo [sobre o assunto] e que possuem um posicionamento institucional”, ressalta. Ele conta também que os setores com maior destaque do laboratório serão, inicialmente, o de saúde, agronegócio, cidades inteligentes e meio ambiente.

Novo A-IoT Lab Brasil na PUC-Campinas. Imagem: JumpCorp/Divulgação.

O diretor de produtos da Qualcomm, Hamilton Mattias, dá exemplos de soluções da companhia que estarão presentes no programa A-IoT Lab Brasil, em entrevista com Mobile Time. Dentro da área das cidades inteligentes, ele aponta a câmera inteligente. O dispositivo pode reconhecer uma pessoa e, assim, será possível identificar um criminoso e por onde ele passou. Ou no caso de um carro roubado, a câmera faz a leitura da placa e localiza por onde ele passou.

Já em um ambiente agrícola, um drone, por exemplo, também consegue detectar as pragas em uma plantação, segundo o diretor. “A Qualcomm tem plataformas desde smartphones, dispositivos de IoT, câmeras, sensores e automóveis inteligentes, assim como equipamentos de rede aplicados ali no projeto”, indica.

As operações darão início a partir deste semestre no novo laboratório da instituição de ensino superior, que funcionará no Campus I, e será destinado a pesquisadores, professores e alunos. Pelosini declara que, em um primeiro momento, durante este próximo ano, o projeto estará concentrado apenas na PUC-Campinas. Porém, posteriormente há planos em ampliar a ligação entre universidade, iniciativa privada e órgãos governamentais em outros espaços.