A Weel, fintech de antecipação de recebíveis, usa a inteligência artificial e algoritmos com machine learning para aprovar as empresas que solicitam o seu serviço. Os dados podem ser coletados em redes sociais, em canais abertos da empresa e em softwares de gestão, totalizando até 15 mil pontos de informação. Com esses dados, a plataforma é capaz de entender o perfil tanto do cedente (quem solicita a antecipação pela Weel) quanto do sacado (a parte que efetua o pagamento da nota fiscal), e, uma vez feito o cadastro na plataforma, a antecipação pode ser aprovada em segundos. A tecnologia vem ajudando a fintech a manter uma taxa de 1% de inadimplência, enquanto a média do mercado está em 4,5%.

Nathan Yoles é diretor de novos negócios da Weel, fintech de antecipação de recebíveis com foco em PMEs

A tecnologia é a garantia para a Weel determinar quais empresas podem ser beneficiadas com a antecipação de recebíveis e quais apresentam um risco grande demais. A IA bate o martelo depois que criar um perfil para essa empresa. “Os algoritmos e a inteligência artificial identificam o modo de usar crédito de uma empresa. Ou seja, se ela utiliza para apagar fogo e não para fazer o negócio crescer, então não vale a pena trabalhar com ela”, explicou para Mobile Time o diretor de novos negócios da Weel, Nathan Yoles.

Atualmente, são 11 mil empresas cadastradas na plataforma da Weel. Nem todas pediram antecipação de recebíveis, mas a ideia da fintech é dobrar esse número “Nossa meta não é necessariamente reduzir ainda mais essa taxa porque acreditamos que estamos muito bem. Queremos expandir nosso portfólio, aumentar a quantidade de empresas na nossa base e manter o 1% de inadimplência. Esse é o nosso maior desafio”,

A Weel se concentra no mercado de pequenas e médias empresas, setor que mais enfrenta dificuldades em conseguir aprovação em bancos ou financeiras. E, ao contrário de concorrentes, a fintech não conecta empresas com bancos ou financeiras, mas é ela própria responsável por adiantar o recebível, caso seja aprovado.

Atualmente, a Weel possui uma plataforma e um webapp. De acordo com Yoles, não havia uma demanda para o desenvolvimento de um aplicativo. Porém, para o primeiro trimestre de 2020, a Weel pretende entregar a seus clientes um app com todas as funcionalidades disponíveis. “A gente sabe que essa é a tendência, então, optamos por antecipar essa demanda que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer.”