A Pitzi espera crescer entre 40% e 50% em receita no próximo ano. Com isso, a empresa, que trabalha com seguros para smartphones B2B2C (tem parceiros varejistas que fazem a venda para o consumidor final), espera manter seu histórico de crescimento de duplo dígito, uma vez que cresceu 18% em 2020, 70% em 2021 e 44% em 2022.

Além da frente de negócios de seguros para celular que tem avançado pela entrada em canais digitais, a companhia tem buscado variar o seu mix de faturamento com a opção de aluguel para smartphone na Leapfone e recompra de celular com trade-in.

Um exemplo de trade-in é com a rede de supermercados do Grupo Mateus. A Pitzi faz a venda de celular aceitando o handset velho como entrada em mais de 300 lojas no norte e nordeste do País. Ao todo, a companhia tem presença em 2 mil pontos de vendas no Brasil.

Em conversa recente com Mobile Time, o CIO da empresa, Marco Garutti, fala que os usados são uma estratégia que vai além de 2024, pois é um mercado pouco explorado e muito marginalizado. Mas tem potencial para disputar com os smartphones novos, que estão ficando caros.

Uma segunda alternativa de ofertas, ante a tendência de encarecimento dos smartphones, é a locação com a Leap Phone. O executivo revela que tem hoje 3 mil clientes pagando mensalidade para alugar um aparelho.

M&A

Atuando no mercado desde 2012, a empresa recebeu em 2019 um investimento de R$ 60 milhões em uma rodada de série D, em um movimento liderado por QED Investors e WTI.  Garutti reconhece o apetite por M&A, mas declara que a empresa é autossuficiente e tem espaço para crescer. Mas para adquirir e ir ao mercado precisaria ser uma “compra grande” que fizesse o crescimento anual da Pitzi saltar de “40% para 300%”.

Um exemplo foi uma conversa que a empresa teve com um player de recondicionados, mas que não foi para frente.