A Nokia entende que o leilão de 5G não deveria ter objetivo meramente arrecadatório. Em vez disso, a prioridade deveria estar na implementação da infraestrutura. Em sua contribuição na consulta pública sobre o leilão de 5G, o CSO da Nokia para a América Latina, Wilson Cardoso, fala na necessidade de uma “mudança de paradigma” nesse aspecto.

“É imprescindível que haja uma mudança de paradigma no que diz respeito ao custo dos leilões de espectro. A adoção de um modelo não arrecadatório deve privilegiar investimentos diretos em infraestrutura, que permite a oferta de novos serviços, fundamentais para as profundas transformações que serão introduzidas a partir do 5G. Sem essa infraestrutura e com o comprometimento da capacidade de investimentos do setor em caso de um leilão com elevados custos, o país tende a perder competitividade à medida em que adoção tecnológica passa a ser atrasada. Investimentos em infraestrutura de telecomunicações tem transbordamentos positivos que vão muito além da indústria: são indutores de desenvolvimento econômico a partir da maior penetração de banda larga móvel; são objetivos fundamentais das políticas pública que visam a construção de um país digital.”

A Qualcomm também recomendou um foco não arrecadatório e sugeriu que metade do valor pago pelas grandes operadoras pudesse ser aplicado na implementação das redes.