Pelo menos oito operadoras de satélite já lançaram ou anunciaram planos de implementar serviços de redes não terrestres (NTN, na sigla em inglês) integradas a redes celulares para comunicação direta com dispositivos móveis, de acordo com mapeamento feito pelo 5G Americas e publicado nesta quinta-feira, 20. As oito empresas são: Space X; AST Space Mobile; Lynk; Sateliot; Iridium; Orbcomm; Globalstar; e Ligado.

A maioria trabalha com constelações de satélites de baixa órbita (LEO, na sigla em inglês), à exceção da Ligado, que usa um satélite geoestacionário. Algumas, como Space X, AST e Lynk, operam com frequências de telefonia celular das operadoras terrestres, o que requer acordos comerciais com estas últimas. Na prática, os satélites se tornam ERBs no espaço. Outras, como Globalstar, Iridium e Ligado, utilizam a banda L e fecham parcerias com fabricantes de chipsets e/ou de smartphones.

O estudo do 5G Americas identificou sete parcerias para a oferta de NTN, a maioria voltada para o mercado norte-americano. São as seguintes: T-Mobile/Space X; AT&T/AST; Verizon/Kuiper; Apple/Globalstar; Qualcomm/Iridium; Mediatek/Skylo/Bullit; Skylo/Ligado/Viasat. Nesta lista, o acordo entre Verizon e Kuiper é o único que, por enquanto, que não conexão direta entre satélites e dispositivos móveis, mas apenas backhaul por satélite para a rede celular, ressalta o 5G Americas.

A integração entre satélites e redes celulares para a comunicação direta com dispositivos móveis permite a oferta de serviços em áreas remotas onde a cobertura das teles não chega. As aplicações variam desde rastreamento de ativos e mensageria de emergência até voz e banda larga – neste caso, possível apenas nas operações LEO e usando espectro das operadoras.