O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD-RS), quer atrair de R$ 7 bilhões em investimento em projetos de inovação no estado nos próximos anos. Com a participação da InvestRS, da Secretaria de Inovação e Tecnologia e da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), lançou um ebook com oportunidades de investimento em 50 projetos de 43 empresas, incluindo ainda 1,1 mil bolsas para formação em carreira técnica. O lançamento foi feito em São Paulo, nesta segunda-feira, 2o.
De acordo com o mandatário gaúcho, a ideia é atrair empresas de tecnologia, centros de pesquisa e projetos que habilitem a criação de empregos. Segundo ele, a InvestRS é a porta de entrada do investimento e que “amarra” o poder público com a esfera privada.
Como atrativos, o governador citou o aumento da capacidade de investimento de 2,5% da receita estadual para 11% em nove anos: “O RS colocava R$ 27 milhões por ano, agora vai chegar a R$ 360 milhões neste ano. Somos um estado que lidera em inovação, universidades, parques tecnológicos, mão de obra, mas a taxa de investimento público em inovação era baixa e ameaçada, porque o governo não conseguia se fazer presente, como outros estados. Isso consolida e permite avançar em nossa capacidade de inovação”, disse.
Atualmente, o estado sulista conta com uma carteira de R$ 20 bilhões de investimentos anunciados ou em prospecção, sendo que R$ 6 bilhões são captados diretamente pela InvestRS e R$ 3,7 bilhões estão investidos em iniciativas como a Cemvita para construção de uma planta produtiva para fabricação de bio-óleos.
Esses investimentos têm como expectativa gerar 10 mil empregos.
Semicondutores
De acordo com a secretária de inovação, ciência e tecnologia do RS, Simone Stülp, um dos potenciais do estado está em se tornar um hub de inovação, data centers e inteligência artificial na América Latina, mas especialmente em liderar a indústria latino-americana de semicondutores até 2030.
“Temos esses desenhos como visão de futuro, mas não estamos saindo do zero”, afirmou Stülp, ao lembrar que o estado vem se desenvolvendo após as chuvas de 2024 com foco em resiliência, na melhora de sua infraestrutura e na criação de empregos. “Em semicondutores, nós temos quatro das dez indústrias do Brasil”, completou, ao lembrar de projetos com HT Micron e Tellescom, que terá quatro fábricas, a primeira em 2027 em Cachoerinha, Região Metropolitana de Porto Alegre.
Rafael Prikladnicki, presidente da InvestRS, reforçou que o Book mapeou 12 setores que podem se beneficiar de linhas de investimento, como agronegócio, saúde e celulose, além daqueles ligados à inovação, como semicondutores e datacenters. Mas afirmou que a ideia é que a inovação seja transversal.
Imagem principal, da esq. para dir.: Eduardo Lorea, VP da InvestRS (em pé); Ernani Polo, secretário de desenvolvimento econômico do RS; Simone Stülp, secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) do RS; e Rafael Prikladnicki, presidente da InvestRS (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)