Entre os anos de 2016 e 2017, o percentual domicílios brasileiros com acesso à Internet subiu de 69,3% para 74,9%. Na área urbana, esse percentual de utilização cresceu de 75% para 80,1%, enquanto na área rural foi de 33,6% para 41%. Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua TIC 2017, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 20.

O levantamento também indica que nos 17,7 milhões domicílios onde não houve utilização da Internet no período de referência da pesquisa os motivos apresentados pelos entrevistados foram: falta de interesse em acessar a Internet (34,9%), preço do serviço (28,7%), nenhum morador sabia usar a Internet (22,0%), indisponibilidade do serviço (7,5%) e preço do hardware (3,7%). A indisponibilidade da conexão foi o motivo indicado em 1,2% dos domicílios da área urbana, contra 21,3% daqueles em área rural.

Das 181,1 milhões de pessoas com 10 anos ou mais, 69,8% (126,3 milhões) acessaram à Internet nos três meses anteriores à entrevista. Essa parcela era de 64,7% (116,1 milhões) em 2016 – ou seja, um crescimento de 10 milhões de usuários somente no intervalo de um ano entre as duas pesquisas. Na área urbana, esse percentual cresceu de 70,0% para 74,8%, e foi de 32,6% para 39,0% na área rural.

O grupo etário de 20 a 24 anos tinha o maior percentual de usuários de Internet (88,4%) no período de referência, e os idosos (60 anos ou mais), o menor (31,1%). Mas foi a população idosa que registrou o maior crescimento: de 24,7% (2016) para 31,1% (2017).

Na área rural, o percentual de mulheres que acessaram à Internet (41,9%) continuou maior que o de homens (36,3%). Entre as regiões, a diferença nos percentuais de pessoas conectadas nas áreas urbana e rural teve a maior desigualdade (69,6% na urbana e 27,0% na rural) na região Norte.

O percentual de utilização da Internet pela população com 10 anos ou mais de idade cresce de acordo com a escolaridade: o menor percentual de utilização estava entre as pessoas sem instrução (11,2%) e os maiores, entre aquelas com nível superior incompleto (97,7%) e com superior completo (96,4%). De 2016 para 2017, o percentual de conectados subiu de 75,0% para 80,4% na população ocupada e de 52,4% para 56,8% na não ocupada.

Acesso

O percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessou à Internet através do celular aumentou de 94,6% (2016) para 97% (2017) e a parcela que usou a televisão para esse fim subiu de 11,3% (2016) para 16,3% (2017). Por outro lado, o percentual de pessoas que utilizaram computador para acessar a Web caiu de 63,7% para 56,6%, comportamento similar ao uso do tablet, cuja taxa de uso para esse fim caiu de 16,4% para 14,3%, no período.

A parcela da população que utilizou a conexão discada já era reduzida em 2016 (0,9%) e tornou-se ainda menor em 2017 (0,6%). Já o percentual da banda larga fixa subiu de 81% (2016) para 82,9% (2017) e continuou acima da banda larga móvel, que cresceu de 76,9% para 78,3% nesse período. O percentual que utilizou os dois tipos de banda larga subiu de forma mais acentuada, de 2016 (58,3%) para 2017 (61,4%). Por outro lado, teve uma pequena queda no percentual de domicílios em que havia somente uso da banda larga móvel (de 26,7% para 25,2%) e no de domicílios em que havia somente uso de banda larga fixa (de 21,2% para 20,3%).