O Grupo Telefónica registrou queda nas receitas em 2018, sobretudo no último trimestre do ano, segundo balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 21, pela companhia. Uma das razões, segundo a empresa espanhola, foi a depreciação do euro especialmente com o real no Brasil e o peso na Argentina.

A receita da empresa totalizou 48,693 bilhões de euros no ano, uma redução reportada (refletindo a adoção da norma IRFS 15 e 9 desde 1º de janeiro de 2018) de 6,4%. No período entre outubro e dezembro, foi de 12,917 bilhões de euros, queda de 1,9%. Vale ressaltar que a operação da Telefônica Brasil obteve redução reportada de 15,8% na receita do acumulado, com 10,126 bilhões de euros; e de 11,7% no trimestre, de 2,553 bilhões de euros.

O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) totalizou 15,571 bilhões de euros em 2018, redução de 3,8%. Considerando o trimestre, foi de 3,537 bilhões de euros, queda de 9,6%. A margem OIBDA da empresa aumentou 0,9 ponto percentual e encerrou o ano em 32%. No trimestre, a margem caiu 2,3 p.p., ficando em 27,4%. O OIBDA da Telefônica Brasil nesse câmbio foi de 4,331 bilhões de euros no ano (aumento de 3,9%) e de 979 milhões de euros (queda de 4,8%).

O lucro operacional da Telefónica caiu 4% em 2018, totalizando 6,522 bilhões de euros. Entre outubro e dezembro, caiu 35,2%, ficando em 1,068 bilhão de euros. O lucro líquido foi de 3,331 bilhões de euros, aumento de 6,4%, no acumulado de 2018. No trimestre, foi de 610 milhões de euros, uma redução de 11,9%.

Considerando os 12 meses, o grupo espanhol dedicou 8,119 bilhões de euros em Capex, redução de 6,6%. Para os três meses finais, o Capex foi de 2,438 bilhões de euros, redução de 10,9%. A Telefônica Brasil investiu 1,910 bilhão de euros no ano (redução de 14,1%) e 488 milhões de euros no quarto trimestre (queda de 31,4%).

Por sua vez, o fluxo de caixa operacional (OIBDA menos Capex) foi de 7,453 bilhões de euros no ano, redução de 0,5%. De outubro a dezembro, foi de 1,098 bilhão de euros, 6,7% menor do que o registrado em 2017.

A dívida líquida financeira da Telefónica caiu 2,445 bilhões de euros em relação a dezembro de 2017 e encerrou o ano passado em 41,785 bilhões de euros. A companhia diz que o resultado foi graças à geração de fluxo de caixa, desinvestimentos e outros fatores, incluindo decisões favoráveis na Justiça brasileira).

Segundo o chairman e CEO da Telefónica, José María Álvarez-Pallete, o resultado no último trimestre refletiu a sustentabilidade do negócio, com aceleração de receita (pelo menos em termos de aumento “orgânico”) e fluxo de caixa operacional. “Este desempenho, junto com um ritmo operacional notável nos primeiros meses de 2019, nos permite anunciar com confiança nossas metas de 2019 com crescimento de receitas e OIBDA contínuos, enquanto mantemos a relação Capex/vendas estável”, declarou.