O ano de 2015 foi o primeiro em que o mercado de tablets registrou queda de vendas no Brasil. De acordo com a IDC, foram comercializadas 5,8 milhões de unidades do produto no País, o que representou uma redução de 38% em comparação com 2014, quando foram computadas 9,5 milhões. Para 2016, a IDC projeta que haverá nova queda, desta vez de 29%, com uma estimativa de 4,1 milhões de tablets vendidos.

No quarto trimestre do ano passado a diminuição chegou a 54% em comparação com o mesmo período de 2014, com 1,4 milhão de aparelhos vendidos e receita de R$ 657 milhões. O terceiro trimestre foi o que registrou melhor desempenho em 2015, com 1,43 milhão de tablets comercializados, o que representou um crescimento de 2% em relação ao terceiro trimestre de 2014.

Do total de tablets vendidos no ano passado, 98,8% eram convencionais e 1,2% eram notebooks com telas destacáveis. O preço médio dos aparelhos comercializados no Brasil foi de R$ 448, o que corresponde a um aumento de 2% em comparação com a média de R$ 440 registrada em 2014.

Com a baixa nas vendas, o Brasil  caiu da quarta para a nona posição no ranking de maiores mercados de tablets do mundo. Sua participação no mercado global de tablets ,que fora de 4,1% em 2014, passou a ser de 2,8% em 2015.

Razões

Entre as razões apontadas pelos analistas da IDC para o mau resultado estão a crise econômica do País, que transformou o tablet em um produto secundário; a competição com os smartphones de tela grande, os chamados phablets; e a saída do País de players estrangeiros preocupados com a alta do dólar, o que reduziu a oferta de tablets nas lojas.