A software house Finger Digital desenvolveu uma API que integra seu programa de CRM e ERP à Alexa. Batizada de Connect Finger, a tecnologia facilita o dia a dia dos funcionários de médias e grandes empresas, ao permitir que estes colaboradores registrem seus compromissos e vendas, por exemplo, em nuvem, apenas com um comando de voz para a assistente virtual da Amazon ou o Google Home.

A ferramenta foi desenvolvida a partir da sugestão de um cliente da Finger Digital do segmento de vendas de peças automotivas. Com seus funcionários avessos a novidades tecnológicas, o próprio cliente sugeriu uma solução simples que envolvesse a voz para facilitar alguns serviços praticados pela equipe.

“É possível inserir qualquer operação com comando de voz tanto de um ERP quanto de um CRM”, afirma Ricardo Botega, diretor da Finger Digital. Entre as ações mais comuns estão: criar propostas de orçamento; pedir para a Alexa montar uma proposta de negócio; alimentar card de atividade, como uma prospecção ou agendamento; escrever pedidos; cadastrar clientes; cadastrar atividades. “Entre 70% e 80% das demandas são operações como essas, mas temos um oceano azul para essa solução”, diz Botega.

O usuário da ferramenta pode utilizar qualquer dispositivo Echo Dot para fazer os comandos, mas também o app da Alexa e a solução para automóveis, com o Amazon Echo Auto.

A empresa

A software house ajuda na transformação digital de clientes e suas soluções são personalizadas. Por isso, a Finger Digital não possui planos de expansão em grande escala para a solução, mas ela pode ser adaptada e personalizada de acordo com as necessidades do cliente. Atualmente, o Conect Digital é usado por uma gráfica e por uma empresa do segmento de fabricação de peças automotivas. “Os clientes que chegam à empresa vêm com uma demanda de ter um produto somente deles, exclusivo, para ser um diferencial competitivo, por isso a escala é customizável. Vendemos uma consultoria de transformação digital e desenhamos as soluções para cada cliente, de forma personalizada”, diz Botega.

“Não temos como escalar como um SaaS, por enquanto. Mas se a gente entender que é possível, podemos transformar em um white label”, explica o diretor.