A Easy Taxi (Android, iOS e Windows Phone) adicionará ao seu aplicativo a função de corrida com carros privados, Easy Go, a partir de segunda-feira, 25, em São Paulo. A modalidade disputará com o Uber X e engloba carros novos com motoristas locais a um preço baixo, até 40% mais barato que o táxi tradicional. Durante a primeira fase de cadastramento teve mais de 6 mil pré-inscritos – algo próximo de 20% da frota de táxi em SP, informou a empresa.

Conforme adiantando por este noticiário no último dia 13, o passageiro poderá pagar de diversas formas (dinheiro, cartão de débito, empresas e cartão de crédito), além da opção de compartilhamento de corrida, o Easy Share. A fórmula de pagamento do Easy Go será de R$ 2, mais R$ 1,63 por km rodado e R$ 0,30 por minuto no táxi – os R$ 0,10 cobrados pela prefeitura de São Paulo por Km já estão inclusos.

Por sua vez, será cobrado do motorista 20% em cima do valor final. Para pagar essa taxa, a Easy Taxi criou um e-commerce em parceria com a Todo Cartões para vender créditos aos condutores. A cada compra, o motorista insere o crédito dentro do app. No futuro, a empresa planeja adicionar carteira virtual e compras direto no aplicativo.

Táxi x Easy

Dennis Wang, CEO da Easy Taxi, afirmou que o modelo de corridas com carros particulares deve ajudar no crescimento do mercado de transporte individual. Wong afirmou que 20% das corridas do seu app na América Latina acontecem via Easy Go. Além do Brasil, México, Peru, Equador e Argentina já utilizam o serviço. Wang ainda respondeu sobre as reclamações de muitos motoristas de táxi que veem o novo serviço como competidor.

“Easy Go serve de duas formas, se o taxi é dele, ele vai poder usar fora de hora outro carro. E para aquele que não tem, ele pode participar com seu carro próprio”, explicou o executivo. “A nossa visão é aumentar o mercado. Nossa estimativa é que o mercado de transporte individual no Brasil cresça três vezes nos próximos cinco anos”.

Wang disse que o serviço foi desenvolvido em razão da regulamentação dos transportes individuais feito pela prefeitura de São Paulo, a segunda da América Latina a permitir o uso de carros particulares para essa finalidade, junto com a Cidade do México. O CEO ainda monitora a situação de regulamentação para lançar em outras capitais brasileiras que estão adiantadas com a criação da nova lei: Goiânia, Porto Alegre e Recife.

Uber x Easy

“Nós focamos em aumentar a renda do motorista. Nós temos um preço maior que o nosso concorrente. Mas a taxa é inferior – Uber cobra 25% dos motoristas por cada corrida –, dando mais renda no fim do mês”, relatou Fernando Matias, diretor geral da empresa no Brasil. “Colocamos o preço acima para ser mais atrativo para o motorista. Para o passageiro, vamos firmar parcerias, como já fazemos com ‘Meia bandeira’ e com o banco Santander, disse.

O diretor explica que não haverá cobrança de preço dinâmico, quando o valor altera de acordo com a relação entre oferta e procura dos carros, embora esteja em testes no Peru. Outra opção polêmica que não entrará no Easy Go são os carros alugados ou carros de frota. De acordo com Matias, apenas carros particulares ou de familiares poderão ser aceitos no novo modelo.

Reposicionamento

Com isso, o app passa a ter três serviços: Easy Táxi (serviço de táxi tradicional), Easy Plus (serviço de táxi com carros de luxo) e Easy Go (com carros e motoristas particulares). Levando em conta as alterações, a empresa mudou seu posicionamento no mercado, o que inclui a construção de uma nova marca, com o símbolo sem o logo do táxi, e a plataforma funcionando como um guarda-chuva de serviços. “Cada serviço vai ter o guarda-chuva Easy”, adicionou Wang. O CEO da empresa explicou que agora a plataforma passa a se chamar só “Easy”. “É um reposicionamento manter a essência de ser inovadora. Somos a primeira empresa do Brasil a ter as três opções de serviços em corridas particulares”, ressaltou.

Serviço novo, app novo

Além das mudanças da marca e da entrada do Easy Go, o aplicativo da Easy também será mudado em breve. A ferramenta passará por melhorias no sistema de navegação – uma das principais reclamações de motoristas e passageiros –, integração com apps externos de mapas e de agendamento de compromisso, além de uma nova opção de serviço de vans com trecho pré-estabelecido, que deve entrar em funcionamento a partir de 2017 em todo o Brasil. Esta ferramenta das vans está em fase de testes no Peru e México.