Em cima, da esq. para a dir: Alexandre Pieroni, diretor de wholesale & IoT do Surf Group; André Martins, CEO da NLT; Marcos Oliveira Júnior, CEO da Fluke. Na segunda linha, da esq. para a dir. Bruno Ajuz, vice-presidente de marketing da Telecall; Ronaldo, Dry Company; e o mediador e jornalista do Moble Time, Fernando Paiva

As operadoras móveis virtuais (MVNOs, na sigla em inglês) respondem por menos de 1% da base de linhas celulares no Brasil, mas estão otimistas quanto ao seu futuro nos próximos anos. Bruno Ajuz, vice-presidente de marketing da Telecall, projeta que o market share das MVNOs subirá 4 pontos percentuais dentro de três a quatro anos. “As possibilidades de crescimento são muito grandes. Acredito que em três ou quatro anos a gente chegue a 5% do mercado”, disse o executivo durante painel na edição digital do Fórum de Operadoras Inovadoras, nesta terça-feira, 21.

Também presente no painel, Ronaldo Yoshida, diretor de estratégia e novos negócios da Dry Company, é mais otimista ainda. “Espero entre 8% e 10%”, comentou. O vice-presidente de marketing da Telecall retrucou: “Tomara que você esteja certo e eu errado.”

Um dos motivos para o otimismo reside no alto índice de churn das operadoras tradicionais, da ordem de dezenas de milhões de usuários por ano. É aí que as virtuais podem entrar em ação e conquistar quem não está feliz com o serviço.

Pós-pandemia

Em relação ao impacto crise do novo coronavírus  sobre o segmento de MVNOs, os painelistas relataram que o pior já passou e que o mercado está se reaquecendo. Para o segmento de Internet das Coisas (IoT), o mercado voltou a crescer ainda em maio, segundo André Martins, CEO da NLT, uma operadora móvel virtual especializada em Internet das Coisas. “As áreas de telemedicina e mobilidade urbana tiveram muita relevância na pandemia”, explica. Para o executivo, o mercado de IoT vai aumentar exponencialmente porque, durante a crise, a transformação digital se acelerou muito e houve um salto tecnológico. Com isso, “muitas atividades serão automatizadas rapidamente no ‘novo normal’. Seremos agraciados com uma demanda interessante”, disse.

A Surf Telecom também sentiu o reaquecimento. “Em março, houve uma desaceleração grande. Em maio voltamos a ampliar e, em junho, nosso resultado foi superior e estamos na linha de retomada”, disse Alexandre Pieroni, diretor de wholesale & IoT do Surf Group.