[Atualizado às 11h47 do dia 22/07/2025 com a distinção entre banco de varejo e atacado] O banco Itaú apresentou nesta segunda-feira, 21, a sua nova vertical de negócios voltada ao correntista de pessoa jurídica baseada em inteligência artificial generativa, o Itaú Emps (Android, iOS). De acordo com Pedro Prates, diretor da nova divisão, o Emps se posiciona abaixo do Itaú Empresas que, por sua vez, está abaixo do Itaú BBA, isso em termos de integração de serviço.

O BBA segue sendo um banco de atacado, enquanto que Emps e Empresas estão dentro da unidade de varejo.

A ideia desta nova unidade é atender o empreendedor que tem uma equipe enxuta e precisa dinamizar o tempo em sua gestão financeira, algo conhecido no linguajar da Internet como o ‘euempreendedor’. Para isso, o app conta com a Inteligência Itaú, a IA generativa do Itaú que permite entregar ao correntista PJ uma assessoria que:

  • Entende o comportamento do cliente;
  • Apoia no controle das contas;
  • Oferece tendências e informações;
  • Traz recomendações contextualizadas.

Se necessário, o cliente pode ser atendido por uma pessoa em 30 segundos. Mas a ideia é que o consumidor tenha todo o apoio pelo app com a IA. Neste modelo mais tecnológico, o correntista não tem um gerente dedicado – este fica atendendo a partir do Itaú Empresas.

IA generativa no Itaú Emps

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Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú (divulgação)

Segundo Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do banco, a ideia é que a IA seja um meio e não o fim para o cliente, de modo que traga a melhor experiência para o cliente. O executivo afirmou ainda que esta é uma pequena amostra daquilo que o banco quer fazer, uma vez que a tecnologia deve evoluir ao longo dos anos.

Importante dizer que na comunicação para o cliente, o banco está divulgando que é uma IA generativa e não um chatbot, mas também não apresenta a IA generativa para PJ como agente. Segundo Mazzei isso acontece porque a IA do Itaú não é rígida como eram as primeiras gerações dos robôs conversacionais, é uma IA mais flexível, mas ainda não é 100% autônoma e tem o correntista como tomador de decisão, pois ainda é preciso ter um nível de responsabilidade.

Prates reforçou que a IA do Itaú está sendo usada como uma ferramenta para resolver problemas: “Não é que ele (correntista) está usando porque é IA generativa. O cliente no dia a dia, no corre-corre de gerir a empresa dele, ele está se importando muito pouco com o que está por trás, ele quer resolver o problema. E, se a IA generativa, como um meio, está resolvendo o problema de gestão, ele vai voltar, vai usar mais vezes. Isso que a gente tem em vista”, disse o diretor, ao afirmar que dezenas de milhares de clientes já estão usando o app.

“Os clientes que são recorrentes no Inteligência Itaú são muito mais recorrentes e usam muito mais o Itaú aqui. Os clientes que usam mais o Inteligência Itaú, estão muito mais satisfeitos com o Itaú Empis como um todo”, completou.

Público-alvo

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Pedro Prates, diretor do Itaú Emps (divulgacão)

Com app dedicado, a plataforma permite a um cliente criar sua conta em três minutos. Prates explicou que o público-alvo são empreendedores que possuem entre R$ 200 mil e R$ 3 milhões de faturamento anual, em especial: restaurantes, mecânicas, mercearias, lojas de materiais de construção e profissionais liberais (médicos, advogados, freelancers).

Porém, o diretor da divisão explicou que esses valores podem ser alterados no futuro, a depender da demanda dos clientes, por exemplo, ao descer o piso de R$ 200 mil para R$ 100 mil.

A plataforma tem ainda gestão de crédito com limite de conta, cartão de crédito e possibilidade de empréstimo via Pronampe, assim como a conta digital com controle de pagamento e recebimento com Pix ilimitado e gratuito, adquirência da Laranjinha integrada, opção de pagamento para boletos, tributos e concessionárias.

Não há cobrança de mensalidade nesta nova modalidade.

Inicialmente, a plataforma está dedicada para correntistas que tenham empresa com sócio único. Até o final do ano o Itaú Emps será lançado para empresas que tenham múltiplos sócios e em 2026 para MEIs.

Estratégia do banco

Criada a partir de um produto mínimo viável lançado há seis meses, a nova unidade de atendimento empresarial do Itaú foi feita com base em dados proprietários do banco e combinará com dados do consumidor (ao dar o opt-in) para entregar a contextualização e hiperpersonalização.

Com o Emps, o Itaú quer aumentar o seu mercado endereçável (TAM) em PJ e ter mais presença na principalidade do cliente. Prates explicou que, em principalidade, o banco mira estar no hábito do cliente, como o quanto um correntista paga e recebe, quanto crédito tem e quantas vezes acessa um app.

No TAM, o executivo explicou que a estratégia foi criar um banco mais enxuto, baseado em tecnologia com IA para assessoria, concessão pré e pós de crédito. Com este modelo mais lean, ou seja, um banco menor, digital e voltado ao autosserviço, o Itaú quer ser mais competitivo no segmento PJ.

 

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