| Publicada originalmente no Teletime | Controladora da Claro, a mexicana América Móvil deve encerrar 2020 com um investimento (capex) entre 25% e 30% menor que o projetado para o ano. Segundo o CEO da companhia, Daniel Hajj, os aportes devem totalizar cerca de US$ 6 bilhões ante US$ 8,5 bilhões anteriormente previstos.

Em teleconferência sobre resultados do terceiro trimestre realizada nesta quarta-feira, 21, Hajj relacionou a redução com dois impactos diretos da pandemia de Covid-19: as dificuldades para execução de projetos por conta de políticas de isolamento social e o adiamento de investimentos não prioritários.

Ainda que sem dar uma meta de capex para 2021, o executivo pontuou que o investimento projetado para o ano que vem deve ser maior que os US$ 6 bilhões estimados para 2020. Isso mesmo em um cenário no qual alguns fornecedores estariam diminuindo o preço de equipamentos, de acordo com análise do CEO.

5G e Oi

Sobre o Brasil, Hajj demonstrou incerteza sobre o cronograma do leilão de 5G. Segundo ele, há previsões diversas do processo acontecendo no primeiro trimestre ou no segundo de 2021. “Então não sabemos exatamente quando vai ser o leilão”, afirmou. Em julho, o Ministério das Comunicações falou em realização entre maio e junho de 2021.

Já sobre a compra dos ativos móveis da Oi ao lado das concorrentes Vivo e TIM, Hajj pontuou que o leilão final deve acontecer até o final do ano, mas que ainda não sabe exatamente o dia. O processo está previsto para dezembro.

Resultados

De maneira geral, Hajj classificou como muito boa a performance da Claro Brasil no terceiro trimestre. Segundo ele, além da alta no segmento pós-pago, a empresa também teve crescimento nas receitas pré-pagas (de 5,1%, conforme apresentação realizada durante a call). Hajj ainda alegou que dados de portabilidade indicam que a Claro é a empresa que mais tira clientes das concorrentes.

A América Móvil também apontou uma queda anual de 13,6% nas receitas brasileiras de voz fixa no terceiro tri, além de 12,7% na TV por assinatura. Neste caso, Hajj pontuou que a baixa na vertical é motivada pela crise econômica do País, e não pela performance da empresa.