Sob impacto do novo coronavírus, as vendas mundiais de smartphones caíram 12,5% em 2020, baixando de 1,5 bilhão de unidades para 1,3 bilhão, informa o Gartner.

Os dados da empresa de pesquisa de mercado apontam uma curiosidade: a soma de smartphones enviados por Xiaomi, Oppo e Huawei praticamente iguala à fatia de mercado global do acumulado pelas líderes Samsung e Apple em 2020: 32,6% para as chinesas contra 33,6% para iPhones e Galaxys.

Os dados do Gartner foram publicados nesta segunda-feira, 22, e indicam que as três fabricantes chinesas mais bem ranqueadas venderam 438 milhões de dispositivos no último ano, uma queda de 9,5% contra 484 milhões de 2019. O resultado foi atribuído à saída da Huawei do programa prioritário de Android, do Google.

Por sua vez, a soma das líderes Samsung e Apple caiu 7,5%, de 490 milhões para 453 milhões de handsets enviados. O motivo foi justamente o acirramento da disputa de Samsung com Oppo e Xiaomi pelo mercado global de smartphones.

Por empresa

A Samsung segue líder do mercado, com 253 milhões de handsets e 18,8% de market share. Contudo, a fabricante sul-coreana registrou um recuo de 15% ante 296 milhões de peças vendidas em 2019. Na sequência aparece a Apple com 200 milhões de iPhones enviados em 2020 e fatia de mercado de 15%, um crescimento de 3,3% ante 193 milhões de handsets enviados em 2019.

Mesmo com o revés do Android e o imbróglio da disputa comercial com os Estados Unidos, a Huawei terminou 2020 na terceira posição: 182,5 milhões e market share 13,5%, mas seu tombo foi de 24% em comparação com as 240 milhões de peças vendidas em 2019.

Além da Apple, a Xiaomi foi a única companhia que cresceu em 2020. A fabricante saltou de 126 milhões para 145 milhões de smartphones enviados, um aumento de 16% comparado a 2019. Com isso, o seu market share no último ano ficou em 11%.

A Oppo, por sua vez, sofreu uma queda de 6% nos envios, ao reduzir de 118 milhões para 111 milhões de peças. Sua fatia de mercado em 2020 foi de 8,5%.

2021

De acordo com Anshul Gupta, diretor sênior de pesquisa no Gartner, a expectativa é que a entrada de dispositivos com novas funcionalidade e smartphones 5G em camadas menos custosas possam puxar o crescimento das vendas, em especial fora da China.